Friday, November 6, 2009

Uma visão geral sobre eletricidade

O desenvolvimento econômico, social e científico passa pela estrutura energética que o país apresenta. A eletricidade, por sua vez, é resultado de processo físico-químico e eletromagnético que proporciona o funcionamento de equipamentos utilizados pela sociedade para os mais diversos fins , ou ainda, é um fenômeno físico resultante do comportamneto de cargas elétricas que podem ser encontradas em três circustâncias: estática, em movimento ou interagidas. A cadeia produtiva, por sua vez, é bem definida, tem o inicio na geração da energia, geralmente distantes dos grandes centros urbanos, que é transmitida ao consumidor final que pode ser uma residência, indústria ou hospital. As formas de se produzir energia podem ser classificadas de duas formas; primeira, estática, funciona sem a necessidade de peças em movimento, por exemplo, energia solar fotovoltaico, e outra, mais dinâmica, utilizando assim peças móveis quando se faz necessário a produção de movimentos para funcionar. Já os recursos naturais , importante no processo de gestão , são utilizados para produção da energia mecânica como no caso das centrais hidroelétricas e a eólica , ou seja, água e vento, esses acionam as turbinas movimentando geradores elétricos . No caso das termelétricas a combustão ou a fissão do átomo produz energia térmica que aciona turbinas a vapor ou gás, com finalidade de gerar energia mecânica que aciona o gerador elétrico. As formas de energia presente no mundo atual são diversas cada qual apresenta sua importância, mas não há como negar, a eletricidade tem um lugar de destaque nesse cenário mesmo porque representa de 30 a 40% da energia no contexto mundial , já em termos de Brasil esse valor é de 19% ficando atrás do petróleo. Vários fatores contribuem para o alcance desses números, por exemplo, confiabilidade, tecnologia bem dominada, integração fácil às novas tendências tecnológicas da globalização e maior eficiência. Um aspecto importante é a limpeza nos usos finais.

O Brasil apresenta uma matriz energética variada e um potencial de crescimento para algumas fontes, sem dúvida o petróleo juntamente com a hidráulica e gás natural é uma das fontes mais versáteis e de menor custo por MWh , ou seja, apresentam viabilidade na geração de energia elétrica para a realidade atual. Já a energia eólica e solar tem seu maior custo vinculado a infra-estrutura e a falta de mercado definido isso torna os preços mais elevados, mesmo a energia solar gerando eletricidade a partir de painéis solares ,e assim, considerada uma fonte de energia limpa e renovável. A importância da diversificação vem do balanço energético que verifica um saldo energético negativo hidroelétrico em 2020.

Esse cenário sugere outras fontes geradoras de energia elétrica para evitar a interrupção do funcionamento das indústrias e empresas que geram empregos e consomem muita energia. Podemos citar como exemplo o gás natural , viável pelo custo acessível, e vem se tornando uma fonte importante no que diz respeito à geração energia elétrica, nesse sentido, podemos citar duas ações para exemplificar a importância da Petrobrás uma que planeja investimentos em projetos como o mexilhão o qual estima a produção de até 5 bilhões de m3 de gás natural por ano, e outro são os contratos entre Petrobrás e governo federal que tem o intuito de entrega de gás natural as termelétricas. A energia nuclear, Importante também na geração de eletricidade. De acordo com a World Nuclear Association 2003 países como Lituânia, França e Bélgica tem um lugar de destaque, ocupando, respectivamente, os três primeiros lugares. Já no Brasil a geração de eletricidade é bem inferior pois a participação de energia elétrica pelas usinas nucleares é de apenas 2,6% . Hoje as usinas de Angra I e Angra II somam 1930 MW de potência. Segundo o Balanço energético nacional de 2005 mostra que a energia nuclear representa 2,7% da oferta de eletricidade.

Devido à importância da energia elétrica ao longo da história há órgãos do governo que buscam de forma conjunta uma melhor gestão do setor elétrico, podemos citar alguns como:

1ª - ANEEL( Agência nacional de energia elétrica) que busca proporcionar condições favoráveis, e em equilíbrio, com mercado de energia elétrica.

2ª - CEB (Companhia Energética de Brasília) que tem a concessão e distribuição de energia elétrica no Distrito Federal, de geração das Usinas do Paranoá, Termoelétricas de Brasília e de geração da Usina de Queimado.

3ª - Ministério de Minas e Energia (MME) responsável dentro do poder executivo aos assuntos referentes à energia. Foi criado em 1960, pela Lei n° 3.782, de 22 de julho de 1960.

4ª - Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) que é vinculado à Presidência da República é presidido pelo ministro de Minas e Energia,e tem como função propor ao Presidente da República políticas nacionais e medidas para o setor, criado em 6 de agosto de 1997, a Lei n° 9.47 .

5ª - Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), cuja função é acompanhar e avaliar permanentemente a continuidade e a segurança do suprimento eletroenergético, criada em 2004 pela Lei 10.848.

6ª - Empresa de Pesquisa Energética (EPE) Vinculada ao Ministério de Minas e Energia,tem por finalidade prestar serviços na área de estudos e pesquisas destinadas a subsidiar o planejamento do setor energético.

7ª - Serviço Geológico do Brasil (CPRM), empresa pública, responsável pela geração de levantamentos geológicos e hidrológicos básicos do território nacional. .

8ª - A Eletrobrás,empresa de economia mista, vinculada ao Ministério de Minas e Energia,controla, as empresas Furnas Centrais Elétricas S.A., Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf), Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica (CGTEE), Centrais Elétricas do Norte do Brasil S.A. (Eletronorte), Eletrosul Centrais Elétricas S.A. (Eletrosul) e Eletrobrás Termonuclear S.A. (Eletronuclear).

9ª – ANEEL ( Agência Nacional de Energia Elétrica), é uma agência nacional classificada como autarquias que desempenha função de regulação.

Dos órgãos citados acima a ANEEL é um dos mais recentes , surgindo dentro do contexto de redemocratização do Brasil. Até chegar a sua criação houve uma seqüencia implementação de leis como:

- Lei 8.987 Lei de Concessão dos Serviços Públicos em fevereiro de 1995;

- Lei 9.074 regulamentou a legislação anterior no que diz respeito ao mercado de energia ano 1995;

-Lei 9.427 criou a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), em dezembro de 1996;

-Decreto 2.335 regulamentou a Agência Nacional de Energia Elétrica em 6 de outubro de 1997;

-Portaria MME nº 349, Em 28 de novembro de 1997, a ANEEL teve seu Regimento Interno aprovado;

-Resolução nº 267, modificou a Portaria MME nº 349 de 13 de julho de 2001;

-Resolução Normativa nº 116, modificou posteriormente a Resolução nº 267 e depois Portaria MME nº 349.

Os empreendimentos que envolvem geração de energia apresentam uma complexidade significativa, pois envolvem relações diversas. Por isso as empresas do setor energético estão colocando em seu escopo a legislação ambiental, não cabe aqui analisar o interesse, mas a veracidade dos fatos. Para exemplificar podemos analisar as ações da ELETROBRÀS segundo a própria empresa há estudos ligados a mudanças climáticas, viabilidade e gestão ambiental de grandes linhas de transmissão e sistematização da legislação do meio ambiente especifica para o setor elétrico mostrando preocupação com o meio ambiente.

Conclusão

A gestão do setor elétrico apresenta enormes desafios, mas também soluções viáveis, como foi relatado a eletricidade é importante para população de qualquer país, mas não podemos esquecer dos danos causados pela construção dos geradores , usinas, da rede de transmissão e dos riscos causados pelo crescimento do PIB. Há fontes de energia elétrica que podem ser poluentes e não poluentes o desafio é fazer com que as não poluentes sejam parte do contexto do Brasil e tenha viabilidade econômica ,e ainda, se busque meio de reduzir os impactos nas construções de grandes e pequenas hidroelétricas.

Referências Bibliográficas

- Energia, Recursos Naturais e a Prática do Desenvolvimento Sustentável , Lineu Belico Dos Reis, Eliane A. Amaral Fadigas, Cláudio Elias Carvalho; -Atlas de Energia Elétrica - 2ª Edição;

-Energy Dossier Energy and environment in Brazil Goldemberg, José; Lucon, Oswaldo.

-Uso racional:a fonte energética oculta LUIZ AUGUSTO HORTA NOGUEIRA

-MATRIZES ENERGÉTICAS NO BRASIL: CENÁRIO 2010-2030 Fabricio Luiz Bronzatti (PUCPR) Alfredo Iarozinski Neto (PUCPR/UTFPR);

- <http://www.ceb.com.br/Ceb/Ceb/area.cfm?id_area=225&nivel=2>;

-<http://www.mme.gov.br/mme/menu/institucional/ministerio.html>;

6 comments:

Stefan said...

O petróleo, na condição de recurso que sustentou a Segunda Revolução Industrial, com o motor a explosão (a primeira foi assegurada pelo carvão que abasteceu as máquinas a vapor), tanto sua finitude como a inviabilidade ambiental sugerem que seu reinado sujo está chegando ao fim.

Só que o fim está chegando antes que alternativas à altura estejam disponíveis para assegurar a qualidade de vida a que se habituou... É uma corrida contra o tempo buscando minimizar a deterioração ambiental que nos ameaça.

Energia, na atualidade, é a preocupação mundo afora. E energia alternativa é o sonho que, aos poucos e a um alto custo, começa a se tornar realidade aqui e ali, tentando refazer o planeta: desperdícios reconsiderados, sistemas energeticamente eficientes e em harmonia com a natureza. Exploração de fontes que vão das ondas do mar ao fluxo dos ventos, passando pela energia das marés e retorno à energia nuclear (antes identificada apenas com o horror das bombas atômicas).

Acredito que o futuro, em articulação com as fontes alternativas, seja a fusão nuclear: a construção e a exploração energética de um “pequeno sol”. Até lá, teremos que conviver com a fissão e os inconvenientes dela, como os rejeitos radioativos...

EDNA said...

Se existe no mundo algum país no mundo que ofereça as melhores oportunidades ecológicas e geopolíticas para ajudar a modificar a visão do planeta sobre geração de eletricidade, este país seria o nosso. Ele é a maior potência das águas, possui a maior biodiversidade do planeta, as maiores florestas tropicais, a possibilidade de uma matriz energética menos agressiva ao meio ambiente – à base da água, do vento, do sol, das marés, das ondas do mar e da biomassa. Entretanto, ainda parece que nao despertamos para isso. Não acordamos para as nossas possibilidades e para a nossa responsabilidade face à preservação da Terra e da vida.

"No início de 2009, por iniciativa dos governso da Alemanha, Dinamarca e Espanha, foi criada a Agência Internacional de Energias Renováveis (International Renewable Energy Agency – Irena), resultado de anos de debates e tendo como um dos seus principais objetivos fazer um contraponto aos lobbies dos combustíveis fósseis junto aos governos mundiais. O ato de criação da agência foi assinado no dia 26 de janeiro em Bonn, na Alemanha, por representantes de 75 países, entre eles França, Itália, Nigéria, Chile e Argentina. O Brasil não assinou o documento alegando que a Irena terá um foco maior nas energias eólica e solar, e porque os bicombustíveis e a energia hidroelétrica não seriam prestigiados pela Agência."
TEM COISAS QUE A GENTE NÃO CONSEGUE ENTENDER.

Willem said...

O desenvolvimento econômico dos países está estreitamente associado ao aumento da
demanda energética. Assim, a transformação e disponibilização de energia atende a uma
necessidade crescente de consumo, alcançando números cada vez maiores.

Claramente faz-se necessaria a diversificacao das fontes, contudo qualquer opcao trará beneficios e maleficios. Até mesmo a energia eólica que aparentemente traz pouca degradacao ambiental, se pensarmos em termos de energia em escala, esta fonte demandaria extensas áreas para sua instalacao e operacao. Analisando de forma histórica foi a energia eólica que trouxe a colonizacao das americas e foi propulsora de grandes matancas de tribos indigenas e pela extracao de grande parte dos recursos naturais de valor na epoca.

Portanto o desafio seria analisar de forma equilibrada, do ponto de vista economico, social, cultural e ambiental, quais fontes energeticas nos trarao menos maleficios em relacao as outras.

Angélica said...

A consciência mundial está em constante mudança. País desenvolvidos economicamente após destruirem suas florestas naturais e reflorestarem com espécies distintas impõem em países em desenvolvimento restrições e limitções ao uso dos recursos madeireiros, por exemplo. Não seria diferente com a energia apesar de sabermos que as fontes não-renováveis de energia ainda vão demorar algum tempo para serem diminuída sua dependência e incluídas outras fontes alternativas. O Brasil nesse cenário é bastante privilegiado, como nós enfatizou a colega Edna, e além de tudo o que ela comentou só gostaria de acrescentar que o Brasil também possui vários pesquisadores que estão inovando em tecnologias para o incremento energético Brasileiro. Empresas como a Embrapa investem pesado em pesquisas para essas novas descobertas.

Prof. Cleber Alves da Costa said...

Para ser gerada a energia elétrica passa por processos que atingem fatalmente o meio ambiente. Com o aumento desmedido do seu consumo e a manutenção de sua forma tradicional de obtenção, cria-se sérios riscos para vida em nosso planeta. Existem várias fontes para obtenção da energia elétrica. Podemos citar entre elas: o sol, o vento, as águas, a geotermia, as marés, as correntes marinhas, a nuclear, a lenha, o bagaço da cana, o carvão, o gás natural, óleo diesel e outros. Muitas dessas fontes são renováveis e causam poucos impactos ao meio ambiente, outras, ao contrário, são muito impactantes, assim como as linhas de transmissão, que ocupam faixas contínuas de terras e desfiguram as paisagens. No Brasil, a eletricidade é predominantemente hidráulica, mas é gerada também em termoelétricas que utilizam carvão mineral, óleo combustível e fissão nuclear. Os impactos causados pela energia elétrica, quase não são percebidos, pois as transformações ambientais ocorrem antes que a energia chegue até nós.

Referência Bibliográfica
http://www.ced.ufsc.br

Ágatha said...

Em relação aos países da OCDE, o Brasil possui uma diversificação da matriz energética que considera de modo mais significativo o uso de fontes alternativas ao petróleo. Enquanto a OCDE utiliza apenas 3,4% de energias proveniente de biomassa, o Brasil possui 23,8% de energia originada desta mesma fonte. A busca estratégica pela diversificação das fontes de energia aliada à necessidade de reduzir os impactos da geração de energia colocam o nosso pais como precursor de caminhos de minimizem a deterioração ambiental.