Friday, June 12, 2015

SOSRIBEIRÃO: Documentos

SOSRIBEIRÃO: Documentos



NECESSIDADES
REFERENTES AO PROCESSO DE REVITALIZAÇÃO DO RIBEIRÃO SOBRADINHO

1.
ADMINISTRAÇÕES REGIONAIS
·        
Negociar
a destinação definitiva da Casa do Ribeirão como espaço de referência ao
Projeto de Revitalização;
·        
Fazer
desafetação da área junto à TERRACAP;
·        
Envolver
os administradores, bem como, os deputados que os nomearam nas ações do
projeto.
2.
ADASA
·        
Retomar
o processo de revitalização que se encontra parado, segundo o Rafael  - Superintendente de Recursos hídricos
·        
Apressar
a contratação de Empresa para fazer o diagnóstico da subbacia do ribeirão;
·        
Sensibilizar
os dirigentes da agência a fazer investimentos em material e equipamentos -
Escola voltada à temática da gestão sustentável de recursos hídricos.
3.
CAESB
 
·        
Negociar
a conclusão das obras de ampliação da ETE como forma de diminuir o despejo de
esgoto sem tratamento no manancial;
·        
Negociar
a destinação de compensação ambiental pelos danos causados ao ecossistema, por
meio de cooperação técnica e/ou parceria.
4.
SEMARH/IBRAM
·        
Negociar
o cercamento e a implantação da infraestrutura dos parques: Ecológico e
Vivencial Sobradinho e Recreativo Sobradinho II como previsto em lei, usando
recursos de compensação ambiental;
·        
Trabalhar
no sentido de manter e implantar Parque Canela de Ema que é objeto de ADIN;
·        
Discutir
a criação de um corredor ecológico interligando os parques;
·        
Negociar
com a TERRACAP a destinação de mudas para recomposição das áreas degradadas.
5.
AGEFIS
·        
Fazer
a remoção das invasões existentes ao longo do leito do ribeirão em cumprimento
da sentença da justiça;
·        
Implantar
programa de fiscalização sistemática para impedir a invasão das áreas em
questão. 







6.
SLU
·        
Implantar
fiscalização para inibir a deposição irregular de lixo e entulho às margens
ribeirão;
·        
Criar
áreas de transbordo, triagem e reciclagem em Sobradinho I, II e FERCAL.
7. SEAGRI e EMATER-DF
·        
Implantar
o projeto de agricultura/horta urbana na região.
Realizar parcerias com a SEAGRI e
EMATER-DF
·        
Negociar
a
realização de cursos e/ou seminários sobre práticas agroecológicas como
forma de minimizar os impactos das práticas agropecuárias convencionais sobre
as nascentes do ribeirão,
·        
Dar ênfase especial aos sistemas
agroflorestais;
·        
Envolver a juventude rural como forma
de fazer inclusão social.
9. DER
·        
Negociar junto ao órgão a melhoria
das condições das estradas vicinais que dão acesso às comunidades rurais.

10. SECRETARIA DE
EDUCAÇÃO/REGIONAL DE ENSINO
·        
Formalizar parcerias para o
desenvolvimento de processos de educação ambiental e de mutirões comunitários
nas ações do projeto.

12.
RECURSOS HUMANOS/FINANCEIROS

·        
Cooperação
Técnica e/ou parceria com órgãos do governo local para disponibilizar recursos
humanos, materiais e  equipamentos
necessários ao desenvolvimento do projeto.
13. CLDF
·        
Envolver
os deputados Distritais identificados com a causa ambiental e da
sustentabilidade e os que residem na região.
14. IFB
·        
Fazer
gestões junto aos órgãos do GDF para a implantação do CAMPI  para a região de Sobradinho. (Existe um
processo em andamento que tem que ser retomado).  
15. SITE NA WEB
·        
Verificar
a possibilidade de criar um site na Web para divulgação das informações e ações
do projeto.

Documento encaminhado ao Deputado Joe Valle no dia 2 de junho de 2015 com o intuito de viablizar as condições para implementar o projeto de revitalização do ribeirão Sobradinho



Friday, December 2, 2011

Vazamento

Resumo das Notícias, sempre com os links para os artigos originais, sobre petróleo, gás, energia e outros assuntos relevantes. Os links mais antigos estão no fim da página, em Arquivo do Blog. Links to sources in English.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

.

Post recente do site SkyTruth

(de 1/12/2011. Este foi o site que levantou a questão para a mídia internacional e de onde obtivemos fotogradia de satélite do local do vazanento- da NASA- acreditamos que a primeira postada no Brasil) 

                                          . Derramamento de óleo da Bacia de Campos, Brasil

Acabamos de processar uma Envisat ASAR, uma imagem de radar da Bacia de Campos que foi tomada em 25 de novembro. Como esperado, ela mostra uma mancha de óleo aparente muito menor, originária da localização da plataforma de perfuração SEDCO 706, operado para a Chevron pela Transocean, que observou-se inicialmente em 12 de novembro.

A  imagem de radar Envisat ASAR foi feita por um satélite em 25 de novembro de 2011. Os slicks são estrias escuras e manchas. A localização da sonda de perfuração SEDCO 706 está marcada. A imagem foi cedida pela Agência Espacial Europeia.

A velocidade do vento de superfície sobre o local do vazamento era boa, cerca de 15/05 nós (3-8 metros/seg), soprando do norte-nordeste. Uma mancha muito estreita cerca de 120 metros de largura e 50 quilômetros de extensão se estende ao sul do local de plataforma, abrangendo cerca de 6 quilômetros quadrados. Assumindo que a mancha é de 1 micron de espessura, estimamos que detém cerca de 1.584 galões (38 barris) de petróleo.

Há outras pequenas manchas na área a oeste e sudoeste do local do vazamento da Chevron. Alguns destes podem ser de escoamento de óleo natural na bacia, outras fontes de surfactantes naturais, tais como o fitoplâncton, ou vazamentos e derramamentos de navios e outras instalações offshore.

http://blog.skytruth.org/2011/12/campos-basin-oil-spill-brazil-small.html

--
Prof. Renata Marson Teixeira de Andrade, PhD
Coordenadora do Núcleo de Governança de Biocombustíveis e Mudança Climática
http://nugobio.blogspot.com
Pós-Graduação em Planejamento e Gestão Ambiental
Universidade Católica de Brasília
SGAN 916 Campus 2 Sala A 222
Brasília, DF
70790.916 Brasil
tel 55 61 34487171, 34487146
Departamento de Engenharia Ambiental
Campus 1, Taguatinga
http://araucb.blogspot.com


Monday, October 3, 2011

SORIANO, Érico; VALENCIO, Norma. Riscos, incertezas e desastres associados às barragens: os riscos referentes à Itaipu Binacional (2009)

Esta resenha abrange o capítulo 12 do livro “Sociologia dos desastres: construção, interfaces e perspectivas no Brasil”, de autoria de Soriano e Valencio, que busca apresentar os riscos associados às barragens, que podem se configurar em desastres, cujo colapso causa inundações e destruição às populações a jusante.
Os autores iniciam o capítulo trazendo os conceitos de riscos e desastres apresentando, para tanto, a definição de vários autores. Define-se risco como a relação entre ameaça e vulnerabilidade e desastre como a materialização da potencialidade do risco com perda de vidas humanas.
Os autores trazem à tona o conceito de sociedade de risco em que a sociedade convive com ameaças cotidianas acreditando que ciência e tecnologia possuem os instrumentos necessários para reverter os problemas por eles mesmos gerados.
Nesse sentido, aponta-se que os riscos só alcançam o debate político quando os efeitos de sua disseminação ganham visibilidade e, assim, a sociedade de risco se transforma em sociedade da catástrofe.
Finalizando esse tópico afirma-se que os riscos existem em todas as obras, projetos e atividades de engenharia, no entanto, a população é induzida a pensar que se encontra protegida pela competência dos engenheiros e pela qualidade das especificações técnicas.
A seguir, aborda-se o risco das barragens destacando que empreendimentos hidrelétricos já apresentam risco para determinadas populações mesmo antes de suas construções, uma vez que é necessário desocupar as áreas para construção. Gera-se aí um problema de justiça social, uma vez que normalmente a população afetada é a que possui menos condições legais de se defender.
Valencio (2005) afirma que a segurança de barragens no Brasil já representa uma preocupação latente tratada como fator de ameaça, no entanto, esta preocupação não se configura na minimização da vulnerabilidade das populações diretamente afetadas num colapso de uma barragem.
Apesar da conclusão de que as barragens representam risco significativo para as populações a jusante, este não é devidamente considerado, e, consequentemente, a população não se encontra preparada em caso de acidentes uma vez que o poder institucional prega a infalibilidade e a invulnerabilidade das instituições estatais.
A seguir apresenta-se um histórico da construção da usina hidrelétrica de Itaipu como um projeto extremamente sigiloso, característico da época da ditadura militar no Brasil, em que pregou-se ser indispensável para o desenvolvimento do país.
Os autores afirmam que Itaipu sempre foi forjada pela Eletrobrás e pelas autoridades brasileiras como um modelo de segurança. Porém, essa imagem começa a se mostrar mais complexa com o passar dos anos.
Como riscos relacionados à Itaipu apresenta-se: os riscos ambientais de caráter ecossistêmico; riscos climáticos; riscos de ações terroristas; risco diplomático e risco ambiental.
O risco ambiental de caráter ecossistêmico refere-se ao mexilhão dourado que pode prejudicar a estrutura física da UHE consumindo metais e comprometendo o cimento. Esse risco está controlado pela empresa, mas não eliminado.
Com relação ao risco climático os autores demonstram que a usina foi projetada considerando séries históricas restritas que não levaram em consideração as mudanças climáticas. Assim, a usina se mostra vulnerável aos novos valores pluviométricos da região.
O risco de ações terroristas refere-se à maioria da população ser de origem muçulmana, e, dessa forma, aventou-se a possibilidade da população estar envolvida na Rede Internacional de terrorismo.
Caso haja um colapso da barragem de Itaipu ou se o Brasil abrir as comportas da usina, poderá inundar algumas áreas da Argentina e do Paraguai, representado um significativo risco diplomático.
Com relação ao risco ambiental os autores apontam a questão da emissão de CH4 e de carbono pelo reservatório, gases responsáveis pelo efeito estufa.
Por fim, os autores concluem que, embora Itaipu seja uma empresa que invista na segurança e na minimização dos riscos, a probabilidade da ocorrência de um desastre sempre existe. Reconhecendo o risco, cria-se um laço de confiança entre a empresa e a população a jusante, que diminui a incerteza e possibilita o desenvolvimento de ações emergenciais e preventivas conjuntas entre a binacional, a defesa civil local e a população diretamente afetada, para o caso de colapso da barragem.
O capítulo traz diversos conceitos importantes relacionados ao risco, bem como aos riscos específicos às barragens, apresentando como exemplo o caso de Itaipu, apesar de ser conciso. No entanto, não apresenta o lado positivo e os benefícios advindos da construção de barragens, como por exemplo, a regularização da vazão de alguns rios.

Tuesday, September 6, 2011

semana 5 - Bermann, Vainer e Tundisi

Disciplina: Energia e Meio Ambiente
Nome: Tâmara Tenório Borges de Carvalho.
Artigos: Impasses e controvérsias da hidreletricidade. Célio Bermann. Recursos hidráulicos: questões sociais e ambientais. Carlos B. Vainer. Exploração do potencial hidrelétrico da Amazônia. José Galizia Tundisi.

Esta resenha abrange os artigos “Impasses e controvérsias da hidreletricidade” de autoria de Célio Bermann, “Recursos hidráulicos: questões sociais e ambientais” de autoria de Carlos B. Vainer e “Exploração do potencial hidrelétrico da Amazônia” de José Galizia Tundisi.
O texto de Bermann faz uma avaliação da hidreletricidade no Brasil a partir de sua importância na matriz elétrica do país, trazendo os impasses e controvérsias do ponto de vista socioambiental dessa fonte energética. O autor apresenta o estudo de caso da UHE Tijuco Alto para representar as dificuldades encontradas na implantação de empreendimentos hidrelétricos.
O autor salienta a prioridade dada à geração elétrica ante os demais usos das águas. Ressalta ainda, a insustentabilidade dos empreendimentos hidrelétricos, devido a uma série de problemas físico-químico-biológicos de correntes de sua implantação e operação, bem como de sua interação com as características ambientais do lócus de construção.
Quanto às questões sociais, ressalta-se a desconsideração com que são tratadas as populações ribeirinhas atingidas pelas obras. Os interesses dessas populações são negligenciados no processo de construção das usinas, uma vez que seu envolvimento no processo decisório é limitado pela falta de transparência e assimetria de informações.
Destaca-se que a essência da política energética atual, voltada para o lucro, trata os efeitos sociais e ambientais derivados da instalação das plantas hidrelétricas como custos que diminuem as taxas de retorno dos investimentos.
A gestão democrática dos recursos hídricos pressupõe a participação das populações atingidas pelos empreendimentos hidrelétricos no processo de decisão subjacente. Nessas situações, o princípio majoritário adotado como procedimento democrático não tem validade, uma vez que os efeitos da instalação desses empreendimentos atingem uma minoria. Assim, deve-se adotar a construção de consensos, reconhecendo interesses divergentes que devem ser incorporados no processo de negociação.
Na conclusão, ressalta-se que a intenção do artigo não é “demonizar” os empreendimentos hidrelétricos, mas sim, apontar as restrições ambientais e sociais que lhe são inerentes, e que devem ser considerados na expansão da hidreletricidade no país. O autor apresenta, assim, algumas recomendações, para que a exploração dos recursos hídricos para energia elétrica no país possa se tornar mais sustentável: (i) repotenciação das usinas com mais de vinte anos de operação, que poderia aumentar a geração hidrelétrica do país em cerca de 12%; (ii) a complementação da motorização de algumas usinas hidrelétricas que operam aquém de sua capacidade máxima; (iii) a construção de pequenas usinas hidrelétricas como alternativa.
O autor utilizou como metodologia o estudo de caso para investigar o fenômeno em seu real contexto. Para coleta dos dados, o autor utilizou dados primários, quando cita, por exemplo, dados oficias do Sistema de Informação do Potencial Hidrelétrico (Sipot) (Eletrobrás, 2005) e dados secundários, quando cita outros autores como Zhouri et al, 2005, e Carvalho, 2002.
O texto de Vainer tem como objetivo colocar em discussão os impactos da reestruturação e privatização do setor elétrico, com vistas a examinar em que medida o processo tende a favorecer o recrudescimento de um tratamento insensível e irresponsável dos impactos sociais e ambientais de grandes barragens.
Ao longo do texto são apontadas evidências que demonstram como vem sendo conduzido o processo de reestruturação do setor elétrico brasileiro. Ao final do trabalho, são apresentadas algumas recomendações com medidas que deveriam ser adotadas pelo governo, a fim de resgatar a dívida socioambiental do setor elétrico e evitar a reprodução de catástrofes no futuro.
Ressalta-se a omissão das leis de concessões do setor elétrico (Leis nº 8.987/1995 e nº 9.074/1995) com relação às questões sociais e ambientais associadas à prestação dos serviços concedidos. O autor critica as desapropriações realizadas em caráter de utilidade pública, das áreas de terra necessárias à implantação de instalações de energia elétrica. O autor assevera que, embora a lei declare as desapropriações como sendo de “utilidade pública”, não há utilidade pública nenhuma na utilização de um potencial hidrelétrico utilizado para fins de autoprodução, ou seja, para abastecer de eletricidade uma planta industrial de propriedade de uma empresa privada. Nesse ponto, cabe, contudo uma ressalva. Quando a empresa constrói uma usina hidrelétrica para fins de autoprodução, ela deixa de utilizar energia do Sistema Interligado Nacional, contribuindo indiretamente para agregar energia ao sistema. Dessa forma, a construção pode ser considerada, mesmo que indiretamente, como sendo de utilidade pública.
O autor argumenta que o processo de reestruturação desrespeitou a legislação ambiental. Para sustentar sua argumentação, cita o fato de as licenças prévias serem concedidas pelo Órgão Ambiental antes mesmo de se saber quem será o empreendedor responsável pela obra. O autor enfatiza que o fato de a empresa vencedora da licitação não ter participado do processo de licenciamento ambiental prévio contribui para que ela se sinta totalmente dispensada de assumir quaisquer ônus sociais e ambientais que forem detectados durante a construção da usina. Aqui, cabe novamente uma crítica ao autor. Após a licença prévia, ainda devem ser concedidas as licenças de instalação e de operação. Somente após e se o empreendedor cumprir os condicionantes da licença prévia, é que ele obterá a licença de instalação, que permitirá o início das obras.
Na conclusão do trabalho, sugere-se uma agenda ambiental de transição para um novo modelo do setor elétrico. Para tanto, as agendas são separadas em três esferas: (i) emergencial: resgate da dívida socioambiental do setor elétrico; (ii) setorial: definição de uma política integrada de energia e meio ambiente, que priorize, dentre outras ações: o combate a todas as formas de desperdício na transmissão, distribuição e consumo de energia; o programa de repotenciação de usinas; e o investimento em fontes alternativas de energia; (iii) estrutural: medidas que envolvem opções de modelo de desenvolvimento e de inserção global.
O autor finaliza o trabalho salientando a falta de participação social e, principalmente das populações atingidas, nas decisões que envolver a construção de empreendimentos hidrelétricos.
O texto foi bastante tendencioso, uma vez que não apresentou dados que contrapõem as visões extremistas colocadas para atacar as construções de empreendimentos hidrelétricos. Não foram apresentados os aspectos positivos desse tipo de fonte energética, como o grande potencial hidráulico brasileiro a ser explorado. O texto de Bermann foi mais consistente e bem elaborado.
O terceiro texto, de Tundisi, traz basicamente uma revisão de literatura, com a finalidade de apontar a necessidade de elaboração de estratégias de longo prazo que conciliem a produção da hidreletricidade na região Amazônica com sua preservação.
O autor ressalta que, embora a construção de empreendimentos hidrelétricos traga impactos socioambientais, ao longo do tempo, esses impactos negativos foram minimizados pela expansão das economias regionais, uma nova organização do ciclo hidrossocial e hodroeconômico e adaptações da flora e fauna dos reservatórios a essas novas condições. O autor chama a atenção para a necessidade de uma gestão integrada dos usos múltiplos da bacia hidrográfica.
Em seguida, o autor apresenta uma série de dados secundários para demonstrar o funcionamento do ecossistema da Amazônia. Salienta-se que os impactos da construção de usinas hidrelétricas na Amazônia decorreram, principalmente, do efeito da decomposição de vegetação terrestre inundada, da grande área inundada, da deterioração da qualidade da água e da perda de serviços dos ecossistemas terrestres e aquáticos, incluindo a biodiversidade e a alteração de processos.
Na conclusão, o autor destaca que são necessários estudos interdisciplinares detalhados de alto nível para resolver os impactos da construção de usinas hidrelétricas na Amazônia e minimizá-los. Esses estudos devem possibilitar a escolha adequada dos rios a impactar e dos rios que serão preservados, bem como os benefícios econômicos e sociais da exploração da hidroenergia e da preservação da região.
Com relação a esse texto é importante ressaltar o cuidado do autor em ser mais imparcial, defendendo seu ponto de vista, mas sem deixar de apontar os benefícios da hidreletricidade para a economia e desenvolvimento do Brasil.

Wednesday, August 31, 2011

Eletricidade sofre coma chegada do furacao Irene no estado de Connecticut USA



First came the roaring winds and drenching rain, followed by devastating floods. Now, for four straight days, darkness and disconnect.
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Michael Appleton for The New York Times

Arnold Jaeger, 69, filled his generator with gas for his home, which still does not have electricity, outside Prattsville, N.Y.

One of the most frustrating and stubborn aftereffects of Tropical Storm Irene has been the inability to restore electricity to swaths of the Northeast, especially in Connecticut, where roughly 300,000 customers were still without power on Wednesday night. Some whole towns in New England were cut off, while almost every home and business in New York City had been running on full power for days.

The slow restoration of the connections needed to heat water, run refrigerators and recharge cellphones prompted a lot of grumbling from elected officials and their constituents, most of it aimed at big utility companies. And the complaints did not always find sympathy: Connecticut Light and Power, the state's largest utility, said it might seek to raise rates to offset the $75 million in costs it expected to incur repairing its grid.

As the public dissatisfaction rose, so did the death toll from the storm, which caused relentless flooding that continued to create hazardous conditions from Vermont to Virginia. The National Guard airlifted supplies to 13 towns in Vermont left stranded by washed-out roads, while some residents of the Catskills region of New York subsisted on canned spaghetti heated on outdoor grills. In Connecticut, the start of the school year was postponed until next week while high schools were turned into shelters and libraries into makeshift Internet cafes.

At least 45 deaths have been attributed to the storm, including that of a 50-year-old man who was sucked into a sewer pipe on Wednesday while trying to drain his property in Lawrence Township, N.J.

Fixing broken lines was complicated by a lack of repair crews, and in some places, flooding. Gov. Chris Christie of New Jersey said water had seeped into about 40 percent of the homes in Lincoln Park, Passaic County, and he repeated his demand that President Obama declare the state a disaster area. Earlier in the day, the president declared several flood-ravaged counties in upstate New York a "major disaster."

Though all of New Jersey's rivers had finally crested, Mr. Christie said several, including the Passaic River, would quite likely remain at dangerously high levels for another day or two. Because of damage to water treatment facilities, more than a dozen municipalities continued to ask their residents to boil water. Meanwhile, some 10,000 residents, mostly from Morris and Passaic Counties, remained evacuated from flooded neighborhoods, and 765 people stayed in 16 shelters.

"We're clearly not out of the woods yet," said Mr. Christie, who saw some of the worst-hit areas with Janet Napolitano, the federal secretary of homeland security, and W. Craig Fugate, the administrator of the Federal Emergency Management Agency.

In New Jersey, about 20 percent of those who lost electricity, or 179,000 customers, still had none. In New York, about 287,000 customers had no power, more than half of them on Long Island. All told, more than one million homes and businesses on the East Coast were still waiting for electricity to be restored.

For many of those without power, the main complaint was a lack of solid information about how long their plight would last. Some said they would rather hear that the electricity would be off for a week than to be left wondering.

To allay some of that confusion, elected officials took to dragging utility executives before the television cameras to answer questions. Gov. Dannel P. Malloy of Connecticut brought top executives of the state's two main power providers along to a news conference on Tuesday evening. Gov. Andrew M. Cuomo took the same tack on Wednesday, insisting that Mark S. Lynch, the president of New York State Electrical and Gas, make public appearances in areas without electrical service.

Officials in the Cuomo administration have been frustrated by the difficulty they have encountered in getting some utilities to communicate, according to one official who was not authorized to speak publicly. When one of Mr. Cuomo's advisers called the state's utilities to press them to prepare for the cleanup, he had to track down a senior executive of National Grid in Europe, the official said. The company, which owns utilities in New York, has its headquarters in England.


Her neighbor Janine Soule, 40, chimed in: "Another thing that's bothering a lot of people is that we have no phones. I can't get in touch with my mom; I can't get in touch with anybody."

Ms. Napolitano accompanied Mr. Cuomo on a tour of Prattsville on Wednesday; the governor characterized the town as the hardest hit in the state.

In Easton, Conn., Lina Siciliano, 62, said the protracted loss of power, supplied by United Illuminating Company, was much more than an inconvenience.

"I don't know what to say, I'm so upset," said Ms. Siciliano, whose father and injured mother came to stay with her after losing power at their home in upstate New York. "I have two 84-year-old people in the house. All my insulin went bad. All the food in the refrigerator and freezer went bad."

Ms. Siciliano said she had called the utility six times. "I couldn't get through," she said. The municipal workers cutting trees opposite her house told her she might have to wait another four or five days. She said her patience would run out before then.

"People just didn't feel that the utility companies' actions matched what they had been told," United States Representative Joe Courtney said after surveying the damage in his district in eastern Connecticut. "The execution just wasn't there. That's pretty darn frustrating."

Mr. Courtney said he and Governor Malloy had just met with residents of several towns where most of the homes have not had their power restored. In North Stonington, which was completely dark, Mr. Courtney said they were told no repair crews had shown up yet.

Jeff Butler, the president of Connecticut Light and Power, said the company would have 1,200 crews on the job by Friday, 400 of them to clear trees and branches and 800 to repair fallen and tangled overhead lines. Most of those crews were called in from other states. Some crews came from as far away as British Columbia.

Securing enough help was complicated by the size of the storm, Mr. Courtney said. About 100 of the crews that the utility had requested from Quebec were en route to Connecticut when they were recalled to repair the damage that the storm did there, he explained.

Despite the scope of the restoration project it faced, the utility was no longer receiving a break from many of its customers by Wednesday afternoon. In the emergency operations center in Ridgefield, a town constable, Tom Belote, absorbed some residents' wrath. Even his wife had complained, he said, about the town's decision to cut off all power after the storm knocked out electricity to more than 90 percent of the homes on Sunday.

Mr. Belote's house was in one of the few neighborhoods that had been spared. But it too went dark after town officials agreed with the utility that it would be best to eliminate the risks of electrocution while crews worked to restore the power.

"After four days of answering phone calls from my neighbors, I can say a number of people were frustrated," Mr. Belote said. "For some of them, I tell them my tale of woe and it seems to work. For others, I just take the verbal abuse. I'm used to it."

Mr. Butler, the utility executive, did not assuage the rising ire when he said on Wednesday that the company would explore ways to recoup the costs of restoration from its customers. Utilities are allowed to do that, but given customers' anger, nobody was in the mood to consider that possibility.

Reporting was contributed by Sam Dolnick from Paterson, N.J.; Kristin Hussey and Robert Davey from Connecticut; Thomas Kaplan from New York; Noah Rosenberg from Prattsville, N.Y.; and Dirk Van Susteren from Calais, Vt.

A version of this article appeared in print on September 1, 2011, on page A1 of the New York edition with the headline: Days After the Storm, Many Are Still in the Dark.




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Prof. Renata Marson Teixeira de Andrade, PhD
Coordenadora do Núcleo de Governança de Biocombustíveis e Mudança Climática
http://nugobio.blogspot.com
Pós-Graduação em Planejamento e Gestão Ambiental
Universidade Católica de Brasília
SGAN 916 Campus 2 Sala A 222
Brasília, DF
70790.916 Brasil
tel 55 61 34487171, 34487146
Departamento de Engenharia Ambiental
Campus 1, Taguatinga
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Tuesday, August 30, 2011

Energia, infra-estrutura e desenvolvimento sustentável. Reis et al. - Cap. 2

Esta resenha abrange o capítulo 2 do livro “Energia, infra-estrutura e desenvolvimento sustentável”, de autoria de Reis et al, que tem por objetivo estabelecer ações sustentáveis, mediante o conhecimento das inter-relações entre a energia e outros vetores da infra-estrutura com o meio ambiente e com o modelo de desenvolvimento.
O capítulo inicia-se com o histórico do uso da energia desde a era do homem caçador (há aproximadamente cem anos atrás) até a atualidade. As fontes energéticas foram sucedendo-se, mas, nenhuma delas substituiu integralmente a outra. Todas têm tido sua parcela de mercado, com maior ou menor participação em função de suas disponibilidades, preços, políticas governamentais e leis ambientais.
Embora o crescimento energético e o crescimento econômico se influenciem, o uso eficiente da energia torna possível o aumento das taxas de crescimento sem grandes aumentos no consumo de energia, promovendo, assim, o desenvolvimento sustentável.
Em seguida os autores elencam os principais danos ambientais relacionados à energia, destacando a poluição do ar urbano, a chuva ácida, o efeito estufa, as mudanças climáticas, o desmatamento e a desertificação, a degradação marinha e costeira e a contaminação radioativa.
Os autores passam então a abordar a questão da infra-estrutura para o desenvolvimento, bem como infra-estrutura e meio ambiente. A disponibilização da infra-estrutura é a chave para a melhoria da saúde e do bem estar social, e está associada ao desenvolvimento econômico e produtivo, com a conseqüente redução da pobreza, analfabetismo e mortalidade infantil. No entanto, essa disponibilização é feita por meio da intervenção do homem no meio ambiente, que pode ser de forma danosa ou benéfica.
Deve-se objetivar que os benefícios superem as conseqüências adversas ao meio ambiente buscando atingir o desenvolvimento sustentável, ou seja, é necessária uma integração adequada dos componentes de infra-estrutura com o meio ambiente, o que requer projeto e administração adequada.
A seguir os autores enumeram uma série de cuidados a serem tomados para evitar a falta de retorno dos investimentos em infra-estrutura bem como fatores determinantes para o sucesso dos investimentos, e concluem que para garantir a sustentabilidade de um empreendimento pode-se buscar a parceria do setor privado. No entanto, a participação do governo ainda será muito importante na provisão de infra-estrutura a regiões mais pobres e que não apresentam condições para garantir retorno ao capital investido.
Nesse contexto, os autores trazem um desafio na busca da sustentabilidade, que é a aceitabilidade. A aceitabilidade é uma variável básica para a viabilização de projetos. Enquanto a sustentabilidade atua no sentido de harmonizar os aspectos sociais, econômicos e ambientais, a aceitabilidade advém do conflito destes aspectos, face aos interesses particulares de cada segmento.
Apesar de ter um forte componente político, os maiores conflitos com relação a aceitabilidade estão relacionados ao aspecto econômico. Para se atingir a sustentabilidade, há que se atuar na legislação, regulação, educação, forças de mercado, ciência, economia e sociologia.
Os autores focam na questão da educação e da conscientização da população, que são fundamentais para se atingir o desenvolvimento sustentável, uma vez que é necessário deflagrar mudanças de atitude em toda população.
Nesse sentido, afirma-se que o padrão de vida está intimamente ligado à sustentabilidade e à aceitabilidade, já que, para algumas classes sociais, para se atingir a sustentabilidade é necessário reduzir o padrão de vida.
Além disso, a aceitabilidade tem uma componente política muita forte relacionada com a factibilidade. Mesmo se apenas 5% da população se opor a um projeto e dispuser de recursos para isso, o projeto se tornará inviável.
Esse tipo de conflito demanda muitos recursos, que poderiam ser utilizados em outros projetos, bem como muito tempo, além de serem destrutivos para a sociedade. Assim, a análise de aceitabilidade de um projeto no seu estágio inicial poderia reduzir esses tempos, sem prejuízo ambiental do projeto.
Dessa forma, os autores concluem que o desenvolvimento sustentável requer debate em torno de planos que levem em consideração todas as opções factíveis de desenvolvimento, assim como seus benefícios e malefícios. Por fim, enfatizam que o conceito de aceitabilidade deve ser incorporado no processo de planejamento, pois é nessa etapa que se pode administrar de maneira mais efetiva os conflitos em torno de determinado empreendimento em infra-estrutura.
O capítulo é bastante didático e contextualiza bem a questão da sustentabilidade para o setor energético. As passagens a respeito da aceitabilidade foram as mais interessantes, uma vez que se trata de um conceito novo, que determina o sucesso ou fracasso das medidas de sustentabilidade.
Estefania Torres, Tâmara Tenório

Sunday, August 28, 2011

Resumo Cap 3. Reis et al. Energia para um Desenvolvimento Sustentável. In: Energia, Recursos Naturais e a Prática do Desenvolvimento Sustentável.

O capítulo tem como objetivo discutir a respeito dos processos, procedimentos e soluções que envolvem a utilização dos recursos para a geração de energia voltada para o desenvolvimento sustentável.

Reis et al constroem os cenários por meio de coleta e análise de dados secundários mundiais e do Brasil como o Diagrama de pirâmide – OECD/IEA(1997); tabela 3.1 com 08 indicadores de sustentabilidade energética e valores vetores desenvolvida por um grupo internacional de especialistas na área energética denominado Helio International, rede não governamental com sede em Paris e fundada em 199;figura 3.3 – Uso de energia per capita em 2002 em diferentes regiões do mundo (DOE/EIA); tabela 3.2 – Hipóteses nos cenários apontados pela WEC para 2020 (Houghton (1997); Procel, entre outras.

Os autores abordam que o fornecimento de energia é considerado uma das condições básicas para o desenvolvimento econômico de um país, juntamente com outros setores, como infra-estrutura, transporte, telecomunicações, fornecimento de água e saneamento básico. Descrevem que vários desastres ecológicos e humanos ocorridos nas últimas décadas têm uma relação intima com o suprimento de energia, sendo uma motivação e argumentação em favor do desenvolvimento sustentável, na visão principalmente ambiental. Já a equidade, no âmbito energético seria o ideal, no entanto no Brasil, em 2002, a estimativa apontou cerca de 20 milhões de pessoas não atendidas. A universalização do padrão europeu neste sentido seria uma boa solução, pois há uma grande disparidade entre a quantidade de energia usada por pessoa em várias partes do mundo. É importante lembrar que além de energia é necessário fornecer a cada cidadão o mínimo necessário para atender as necessidades básicas para se alcançar uma vida digna e a sustentável.

Argumentam que nos últimos anos, a questão energética tomou posição central na agenda ambiental global, principalmente dentro das negociações da Convenção do Clima. Isso porque a atual matriz energética mundial depende ainda de quase 80% de combustíveis fósseis, cuja queima contribui para o aumento rapidamente dos GEE para a atmosfera. Logo, é importante se buscar maior eficiência energética e a transição para o uso de recursos primários renováveis para que se alcance o desenvolvimento sustentável. Essas mudanças envolvem, por um lado, políticas que tentam redirecionar as escolhas tecnológicas e os investimentos no setor, tanto no suprimento como na demanda, bem como o comportamento dos consumidores, quando se trata daqueles consumidores que têm acesso à energia.

Abordam que é necessário o estabelecimento de processos e procedimentos que permitam uma avaliação integrada da energia com outras utilizações de recursos, tais como aqueles formadores da infra-estrutura para o desenvolvimento, principalmente água e saneamento, uso de fontes renováveis, preferencialmente locais e dos programas de eficiência energética.