Sunday, August 30, 2009

Introdução sobre o Balanço Energético e Matriz Energética no Brasil


Com mais de 30 anos de existência, o Balanço Energético Brasileiro-BEN é um importante documento que fundamentalisa o setor energético, se tornando o divulgador da contabilidade da oferta e consumo de energia no Brasil. Após 2004, a incumbência de elaborar e publicar o BEN, ficou a cargo da Empresa de Pesquisa Energética - EPE, criada através da lei 10.847 de 2004, hoje o Balanço Energético Brasileiro é instrumento indispensável para qualquer estudo de planejamento energético, seja na escala pública ou privada.
A EPE, manteve a mesma metodologia usada historicamente pelo Ministério das Minas e Emergia, não modificando as características e os seus conceitos. Como forma de apresentar dados atualizado de forma ainda mais clara e precisa, foi introduzido no recebimento dos dados, sistema baseado na rede mundial de computadores. Os dados para aprimoramento e elaboração do BEN chegam de diversos órgão e empresas, estatais e privadas.
O BEN apresenta uma distribuição das fontes primárias e secundárias, de sua produção ao consumo final, muitas vezes sendo confundida com a própria matriz energética. Apresenta uma organização consolidada dos principais dados energéticos do país, com o uso da compilação de diversas fontes, Os critérios adotados levam em conta sete normas técnicas, elaboradas especialmente para compor este documento. A classificação de cada caso de consumo, segue o Código de Atividades da Receita Federal.
O BEN é formado com a utilização dos dados dos anos anteriores, por exemplo o BEN de 2009 será elaborada com a utilização de dados de 2008 e 2007, montando assim uma série histórica, o primeiro BEN elaborado pelo Ministério das minas e Energia – MME, foi publicado em 1976, neste documento foi registrado o consumo dos últimos dez anos das fontes primárias e uma projeção para os próximos dez anos.
Diversos conceitos são utilizados para melhor entendimento da forma de elaboração do balanço energético brasileiro, onde são os principais : energia primária – fonte provida pela natureza na sua forma direta; centros de transformação – onde a maior parcela de energia primária é consumida. Ex refinarias de petróleo, coquerias; energia secundária – é aquela convertida nos centros de transformações, como óleo diesel e gasolina; consumo final – corresponde a outra parcela de energia primária que é consumida diretamente nos diversos setores da econômica; consumo final energético – abrange diversos setores da economia, incluindo o próprio setor energético; oferta interna de energia – é a quantidade de energia disponibilizada para ser transformada e\ou para consumo final; consumo final de energia – é a quantidade de energia, consumida pelos diversos setores da economia, atendendo diferentes usos. Não incluindo energia usada para criação de outra energia; importação – é a quantidade de energia primária e secundária, proveniente do exterior; exportação – é a quantidade de energia primária e secundária que se envia do país ao exterior.
A metodologia utilizada para elaboração do BEN engloba todas as etapas do processo energético: produção, transformação e consumo. Sendo o balanço estruturado em quatro partes: energia primária, transformação, energia secundária e consumo final. O resultado final é uma matriz de 27 colunas e 47 linhas, englobando elementos consolidados dos conceitos da formação do balanço, que são eles: energia primária, energia secundária, total geral, oferta transformação, perdas, ajustes estatísticos, consumo final e produção de energia secundária.
Por último o balanço é montado em nove capítulos: resumo – apresenta a sinopse do último ano; oferta e demanda de energia por fonte – apresenta, para cada fonte de energia primária e secundária, a contabilidade da produção, importação, exportação, variação de estoque, perdas, ajustes e consumo final; consumo de energia por setor - apresenta por cada setor da economia o consumo final; comercio externo de energia – apresenta a importação e exportação de energia; balanços de centro de transformação – balanços dos centros de transformações; recursos e reservas energéticas – apresenta os balanços dos centros de transformações; recursos e reservas energética – apresenta a reservas das fontes primárias; energia e socioeconomia – apresenta indicadores de energia, economia e população; informações energéticas estaduais – apresenta os balanços preliminares estaduais e regionais; anexos.
Existe uma confusão quando se fala em Matriz Energética e Balanço Energético, podemos dizer que o balanço energético produzido pelo MME tem a mesma forma de execução da Matriz Energética, com a diferença que o balanço configura a própria Matriz voltada para o passado e o papel da Matriz é estabelecer uma visão futura, conceitualmente existe uma grande diferença quando relatamos a Matriz e o balanço energético, internacionalmente a Matriz tem sido vista como uma forma de considerar as incertezas, estabelecendo cenários evolutivos. Enquanto no Brasil o balanço energético mostra as inter-relações entre oferta, transformação e uso final da energia.
A elaboração da Matriz Energética, é basicamente montada por softwares, onde podem ser simulados cenários futuros, estabelecendo cálculos de oferta e consumo de energia, com balanços entre a oferta e o consumo. Baseando-se principalmente no estabelecimento de relações que associem o consumo energético de diferentes setores e sub-setores da economia. Incluindo neste bojo a avaliação do impacto ambiental, em geral no que e refere a poluição atmosférica. Dentre os softwares utilizados no Brasil podemos sitar: modelos de balanço energético da Secretaria de Energia Nacional e órgãos estaduais, além de outros.
Existem diversas bases de dados disponíveis no país que podem ser consideradas no estabelecimento das bases globais para a elaboração da matriz energética, além das bases de dados associados, tais como as dos ministérios e outros órgão e institutos do governo federal; de secretárias e órgãos dos estados, além de outros. Porém, existem falhas na disponibilidade de dados principalmente com informações vindas de estruturas regionais e estaduais, quando de informações sociais e ambientais. Quando isso acontece devesse determinar como trabalhar com tais dados se os deixa para posteriores ou criasse procedimentos para sua utilização.
Na construção de uma matriz energética de longo prazo, devem ser consideradas três pilares básicos de sustentação, quais sejam: importância de integração da visão de planejamento com a do acompanhamento tecnológico e de fomento, estabelecimento de procedimentos para montagem de um sistema integrado, transparente e consistente de informações, com dados e modelos para simulação e análise e por último, a importância no caso de estudos de longo prazo, é a necessidade de o processo de planejamento apresentar características dinâmicas de avaliações periódicas associadas a uma monitoração continuada do cenário da energia.
Como forma de estabelecer uma estrutura para elaboração de uma Matriz Energética e seus cenários futuros, é necessário que se tenha uma sinergia entre todos os órgão e instituições envolvidos, de forma direta e indireta na elaboração do planejamento. Buscando consolidar uma integração entre todos. Os cenários futuros devem apresentar eficiência energética, de combustíveis e de fontes renováveis. Devendo também, dar atenção a valorização das questões ambientais e sociais, forçando a utilização de tecnologias renováveis alternativas e ambientalmente adequadas, de forma a implantar um processo onde seus objetivos devam ser sustentável, com soluções práticas e factíveis.
Criando assim um planejamento completo, onde se torne equilibrado e com focos direcionados para melhor soluções, incorporando melhores alternativas e envolvendo de forma mais ampla e completa todos os participantes no planejamento, permitindo que todos os problemas sejam vistos e analisados sob todos os aspectos, beneficiando a todos.

PORTO VELHO - RO

13 comments:

EDNA said...

Achei o tema bem complexo e um pouco chato também, com isso nao quero dizer que o texto do Pedro nao esteja bom, muito pelo contrário, está muito bem feito. Assim, procurei uma definição que achei mais fácil:
Balanço Energético:cálculo da relação entre entradas e saídas de energia de uma zona determinada e num dado período de tempo, que se pode referir a energia primária, energia derivada, energia final e/ou energia útil.
Matriz Energética:Trata-se de um mecanismo que permite caracterizar os consumos de energia e as suas tendências evolutivas, permitindo que se desenvolvam iniciativas com metas bem definidas, apoiadas em dados concretos. A partir de uma matriz energética é possível avaliar a quantidade de recursos naturais que está a ser utilizada, permitindo assim definir regras de utilização com vista a um uso mais sustentável.

Alexandre Moura said...

O Brasil, ao que me parece, depois do apagão, começou a tomar mais cuidado com as questões energéticas, acredito que essa ferramenta é interessante, só não sei o país tem órgãos suficientes para em cima desse relatório questionar e mostrar caminhos sustentáveis. O interessante é a visão de planejamento , principalmente a longo prazo, que o relatório apresenta em seu escopo , e ainda, a busca pela eficiência energética em todos os âmbitos. O ponto positivo é a intenção de levar em conta também a questão ambiental e social.

Ágatha said...
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Ágatha said...

Olá pessoal,

Em se pensando na questão ambiental, o planejamento da matriz energética brasileira, pelo menos quando comparada com a de outros países, é sustentada por uma base de dados bastante consolidados. Entretanto, posicionar ações de sustentabilidade exige, para além dos dados, o cumprimento de ações assertivas, que possam construir metas de consumo austero definitivas.
Neste sentido, não bastaria apenas possuir um planejamento com visão integradora, com procedimentos transparentes, avaliações e monitoramento continuado no que diz respeito ao cenário da produção e consumo de energia no Brasil. É necessário extrapolar o estabelecimento de metas de consumo e promover a educação ambiental efetiva, consciente da escassez de recursos naturais e dos altos custos empregados para soluções alternativas de geração de energia.
Dessa forma, para além de metas de produção de energia, é importante se estipular metas que alcancem uma mudança de ethos com relação ao consumo de energia.

marcus said...

O tema é bastante complexo, pois joga com a questão de interesses entre Governo e investidores. Ao mesmo tempo que a sociedade não sabe qual a finalidade ou quais os problemas causados em função de se estudar a matriz energética. Em maio de 2009 O Ministério de Minas Energia (MME e a Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (ONUDI) decidiram somar esforços para realizar o “Fórum Global de Energias Renováveis”,
Segundo Edison Lobão, ministro de Minas e Energia, disponível no endereço http://www.mme.gov.br/mme/galerias/arquivos/Artigos/O_Brasil_e_as_fontes_renovxveis_de_energia.pdf A matriz energética brasileira é a mais renovável do mundo. Enquanto os países desenvolvidos utilizam 14% de fontes renováveis em suas matrizes, o Brasil utiliza 45%, e deve elevar esse patamar a quase 47%, conforme previsão do Plano Nacional de Energia 2030. Os programas de álcool, biodiesel e de incentivo às fontes alternativas de energia consolidam-se num momento de crescimento sustentável da economia. Nesse contexto, a matriz energética brasileira passa por profundas e promissoras mudanças. Não sem motivo o governo federal está investindo cada vez mais em pesquisa, em novas tecnologias, em geração e distribuição de energia.
Os leilões das concessões das Usinas Hidrelétricas Santo Antonio e Jirau, no Rio Madeira, são bons exemplos. Quando em operação, em 2013, essas usinas terão capacidade para gerar até 6.450 MW de energia elétrica. Temos 25.657 MW de usinas hidrelétricas em fase de estudos de viabilidade técnica, econômica e ambiental, e 32.950 MW em estudos de inventários. Há outros bons projetos de usinas saindo do papel. Embora tenha o maior potencial hidrelétrico do mundo, o Brasil segue, em parceria com outras nações, em busca do desenvolvimento de usinas hidrelétricas nas regiões de fronteira e de novas fontes energéticas limpas e renováveis, como a solar, a eólica e a proveniente de biomassa. O etanol, por exemplo, é um caso típico de investimento brasileiro que está dando certo, certamente por ser uma excelente alternativa aos combustíveis fósseis, muito utilizados nos meios de transporte, sobretudo em automóveis, nos grandes centros urbanos. Mais econômico e muito menos poluente que a gasolina e o diesel, o etanol é uma realidade que coloca o Brasil na vanguarda das soluções energéticas não poluentes do mundo. Em 2008, o consumo nacional de etanol em veículos leves superou o de gasolina - um marco a ser destacado.
O Brasil dispõe de recursos naturais abundantes, grande potencial energético, tecnologia e expertise comprovada para ampliar suas fontes renováveis de energia. É chegada a hora de buscar meios de reverter toda essa riqueza em benefício de todos.
Concordo com o Alexandre quando diz que o Brasil só veio mostrar maior preocupação depois do apagão, temos recursos e riquezas naturais que se bem trabalhadas não teremos problemas energéticos. Todavia não podemos esquecer que implica em investimentos de grande vulto.

Fernando Wirthmann said...

Olá pessoal,
achei bem interessante e muito explicativo o texto do Pedro, já que permitiu diferenciar claramente os conceitos e as aplicações da Matriz Energética da definição e das funções do Balanço Energético Nacional.
Venho através deste colocar em pauta a discussão sobre as descobertas recentes da camada pré-sal e seus impactos na Matriz Energética Brasileira e suas interferências futuras no Balanço Energético Nacional.
Em novembro do ano passado a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) chegou a dizer que o Brasil tem condições de se tornar exportador de petróleo com a exploração dos campos e poços de petróleo da camada pré-sal.
Abaixo segue alguns dados publicados na Folha de São Paulo no dia de hoje, 31 de agosto de 2009, sobre o campo de Tupi, na Bacia de Santos, considerado um dos maiores campos do pré-sal brasileiro.
Tupi tem uma reserva estimada pela Petrobras entre 5 bilhões e 8 bilhões de barris de petróleo, sendo considerado uma das maiores descobertas do mundo dos últimos sete anos.
Neste ano, as ações da estatal tiveram forte oscilação depois que a empresa britânica BG Group (parceira do Brasil em Tupi, com 25%) divulgou nota estimando uma capacidade entre 12 bilhões e 30 bilhões de barris de petróleo equivalente em Tupi. A portuguesa Galp (10% do projeto) confirmou o número.
Para termos de comparação, as reservas provadas de petróleo e gás natural da Petrobras no Brasil ficaram em 13,920 bilhões (barris de óleo equivalente) em 2007, segundo o critério adotado pela ANP (Agência Nacional do Petróleo). Ou seja, se a nova estimativa estiver correta, Tupi tem potencial para até dobrar o volume de óleo e gás que poderá ser extraído do subsolo brasileiro.
Estimativas apontam que a camada, no total, pode abrigar algo próximo de 100 bilhões de boe (barris de óleo equivalente) em reservas, o que colocaria o Brasil entre os dez maiores produtores do mundo.
Abraço a todos e boas reflexões.
Fernando Wirthmann

Stefan said...

Acredito que o Balanço Energético Nacional (BEN) tenha se tornado, ao longo das últimas décadas, como a maior fonte de informações sobre e energia no Brasil, tornando-se uma importante ferramenta no planejamento energético do nosso país, pois reúne, ano a ano, os principais indicadores setoriais, agrupados por fonte.

Willem said...

Meus amigos, como ja dito pelos colegas, para a discussão sobre a evolução da matriz energética brasileira é imprescindível conhecer uma publicação editada pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e Ministério de Minas e Energia (MME): O Balanço Energético Nacional (BEN).

O relatório consolidado do Balanço Energético Nacional documenta e divulga, anualmente, extensa pesquisa e a contabilidade relativas à oferta e consumo de energia no Brasil, contemplando as atividades de extração de recursos energéticos primários, sua conversão em formas secundárias, a importação e exportação, a distribuição e o uso final da energia.

Além de trazer os resultados do ano anterior, o BEN traz uma série de balanços consolidados que cobre o período que vai de 1970 até o último ano disponível. Portanto, são quase quarenta anos de dados sobre a maneira como a energia vem sendo produzida, transformada e utilizada no Brasil.

Em primeiro lugar, eu gostaria de lembrar que a energia não é usada diretamente. É preciso que haja sempre algum dispositivo que converta a energia que está contida nas diversas fontes na forma de energia que necessitamos.

Em termos de usos finais, a energia contabilizada pelo BEN é a energia final; ou seja, a energia que é colocada à disposição do consumidor. Como esse consumidor vai usá-la, para que uso e com que eficiência, é um tipo de informação que não está disponível no balanço; já que o quadro contábil descreve o fluxo de energia até a “porta” do consumidor. Por isso, o BEN é um tipo de balanço que chamamos de balanço de energia final. Se quiséssemos descrever o que acontece depois, seria necessário um outro tipo de balanço: balanço de energia útil.

Quanto a questão do pré-sal, levantada pelo amigo fernando, esta camada é uma faixa de 800 quilômetros de extensão por 200 quilômetros de largura que vai do litoral de Santa Catarina ao do Espírito Santo situada a 7 mil metros abaixo da superfície do mar.

O petróleo encontrado nesta área, que engloba três bacias sedimentares (Santos, Campos e Espírito Santo), é de qualidade superior àquele comumente extraído da camada pós-sal, que fica acima da extensa camada de sal de 2 mil metros de espessura que dá nome às duas camadas.

A Petrobras não descarta a hipótese de que toda a camada pré-sal seja interligada, e suas reservas sejam, como os técnicos chamam, unitizadas, formando assim um imenso campo único de petróleo submerso.

Se as reservas do pré-sal de fato estiverem interligadas, o governo estuda a criação de um novo marco regulatório que estabeleça cotas de extração para evitar que o petróleo seja “sugado” de áreas não licitadas.

Angélica said...

O interessante dessas matrizes e balanços energéticos é que como ele é anual pode-se controlar a produção de energia,através de incentivos governamentais,caso ela não tenha se desenvolvido bem em um ano. Pode-se também verificar quais as fontes energéticas que mais se desenvolveram naquele ano, ou mais ficaram sem ser utilizadas. Em posse desses dados, o Ministério de Minas e Energia incentiva ou não determinada matriz energética. Termina que esse balanço é planejamento estratégico para todos os tipos de energia.

Angélica said...

Como o Balanço Energético Brasileiro é anual permite analisar quais as fontes de energia mais utilizadas em determinado período e com isso o Ministério de Minas e Energia pode junto com o Governo Federal e outros parceiros criar projetos, programas e incentivos no uso de determinado recurso energético. Termina que é um processo de acompanhamento de todos os recursos para obtenção de energia,seja ela renovável ou não.É importante ressaltar que esse é um instrumento estratégico anual que visa "consertar"possíveis problemas das fontes de energia, ou aprimorar o setor como um todo.

Carol Alarcão said...

O texto do Pedro é extenso, mas explicativo, apresentando as principais diferenças entre o conceito da Matriz Energética e as funções do Balanço Energético Nacional.
O BEN é uma ferramenta importante no processo de planejamento energético, já que faz o registro anual dos dados energéticos no país, permitindo a contabilidade da oferta e consumo de energia no Brasil.
A disponibilidade do balanço através dos registros de dados contribui na elaboração da matriz energética e seus cenários futuros.
Esta análise é muito importante uma vez que a demanda energética de um país está fortemente correlacionada com sua atividade econômica, ou seja, o Produto Interno Bruto. A medida desta correlação é dada através da intensidade energética do país.
Através do BEN fica mais fácil visualizar que o país inverteu a balança de importação de petróleo e hoje tem a possibilidade de se tornar um grande produtor de petróleo e gás natural com atuação internacional. Neste sentido vale destacar que a exploração do pré-sal só vem a contribuir, porém temos que levar em consideração as possibilidades de impactos ambientais, apesar do pré-sal ser menos agressivo pelo fato de se localizar mais longe da costa e mais profundo, a emissão do gás do pré-sal tem de três a quatro vezes mais CO2 do que o gás do pós - sal.Um dos desafios será o dsenvolvimento de tecnologias para garantir que o carbono do pré-sal não chegue à atmosfera.

Raimundo P. Barbosa said...

Colegas,

O Balanço Energético Nacional (BEN) faz a contabilidade da oferta, demanda e do consumo de energia no Brasil. Os dados produzidos se consolidam como ferramenta importante na elaboração do planejamento de energia que é elaborado com base na série histórica produzida pelo BEN ano a ano.
É elaborado de acordo conceitos e metodologias que demonstram quais as principais fontes de energia existentes no país, como é feita a sua transformação e como ela é disponibilizada para o consumo final.
O Banco de dados do Balanço propiciou a montagem do cenário que levou à organização do Planejamento de energia para o período de 2010-2030 que projetou a capacidade de produção e a demanda de cada matriz energética para o período. Essa projeção identificará em quais fontes de energia o país terá deficiência e de que forma essa deficiência será suprida por meio de fontes alternativas e que investimentos poderão ser feitos a curto prazo para otimizar a oferta de energia das fontes mais utilizadas.
Os dados também consolida a preocupação com a construção do desenvolvimento sustentável pois mostra através dos números o crescimento das fontes de energia alternativas que por serem renováveis trarão contribuições importantes para a conservação do meio ambiente.

Raimundo Pereira Barbosa

Prof. Cleber Alves da Costa said...

De acordo com o Balanço Energético Nacional 2009, em 2008, a oferta interna de energia no Brasil cresceu 5,6%. O gás natural foi um dos destaques do balanço, com participação de 10,3% na matriz energética nacional, seguido dos produtos da cana de açúcar, com 16,4%. Com o auxílio das estatísticas acima as fontes alternativas de energia estão cada vez mais se destacando na matriz energética brasileira.