Tuesday, August 12, 2008

Semana 2 - Energia e sociedade - Um breve histórico

Como a energia molda a sociedade e vice-versa?

O aumento do consumo de energia esta claramente relacionado com a evolução do homem. Desde a era da descoberta do fogo e a utilização da madeira para sustentar esta descoberta, a humanidade vem crescendo seu consumo de energia de forma gigantesca. Segundo Lineu, a partir do homem caçador, a cem mil anos atrás, o mais importante recurso energético explorado pelo homem foi a madeira, para aquecer e cozer os alimentos. Quando este recurso se tornava escasso, os povos eram obrigados a migrar ou estariam condenados ao desaparecimento.

O uso da energia mecânica de animais como cavalos e bois se desenvolveu, e foi a partir do séc.X que o uso da energia cinética dos ventos ganhou impulso. “O uso de animais no transporte e nas lavouras, durante milênios foi a principal fonte de energia mecânica, durando até metade do séc. XVIII” ( Lineu, p.13). Nesta época, o homem, que consumia cerca de 2.000kcal/dia passou a consumir 40.000kcal/dia, segundo Lineu. Aos poucos, porém, o consumo de energia foi crescendo tanto que outras fontes se tornaram necessárias. Durante a Idade Média, as energias de cursos d’água e dos ventos foram utilizadas, mas em quantidades insuficientes para suprir as necessidades de populações crescentes, sobretudo nas cidades.

A população humana aumenta e os recursos como a madeira, começam a se tornar escassos, foi então que, a partir da segunda metade do séc.XVIII o uso do carvão mineral se desenvolveu em larga escala, e com ele surgia a sofisticação das máquinas a vapor. Isto resultou em um crescimento das cidades, do comércio, da indústria e o aumento da potência das máquinas, resultando em um grande aumento de consumo do carvão mineral, que passou a dominar a matriz energética mundial, participando, segundo Lineu com 53% no consumo da energia primária total. O ser humano então dobra o seu consumo de energia, passando de 40.000kcal/dia para 80.000kcal/dia.

Na segunda metade do séc. XIX ocorre um aumento de exploração do pretróleo, que já era conhecido desde a antiguidade. Após a Revolução Industrial, foi preciso usar mais carvão, petróleo e gás, que têm um custo elevado para a produção e transporte até os centros consumidores. O petróleo foi então uma alternativa, sendo utilizado inicialmente da mesma forma que o carvão, sendo queimado para gerar luz e calor e no aquecimento de caldeiras gerando energia mecânica e termoelétrica, até que foi descoberto a capacidade de explosão de algumas frações do petróleo, constituindo por si mesma uma forma de energia mecânica que poderia ser usada em um pistão. E este foi o princípio básico do motor de explosão, que veio revolucionar mais uma vez os processos de transformação de energia térmica em mecânica.

Embora os primeiros automóveis fossem movidos por máquinas a vapor, o motor de explosão ocupou rapidamente seu lugar, gradativamente os navios também tiveram suas máquinas substituídas pelos motores a óleo diesel. Ocorreu então, novamente um aumento no consumo de energia e o início da revolução industrial, porém, a principal etapa da revolução industrial só se deu no final do séc. XIX e início do séc. XX com a implantação das grandes centrais produtoras de energia elétrica. Esta forma de energia tinha a grande vantagem de poder ser levada a grandes distâncias, por meio de fios, não tendo que ser consumida no próprio local onde foi produzida, ela representa apenas uma etapa intermediária na transmissão de energia mecânica. A partir da energia elétrica ocorreu o grande avanço industrial e de novas tecnologias. O homem pode ampliar consideravelmente qualquer tipo de produção e foi a partir daí que o consumo da energia do planeta aumentou consideravelmente. Porém, segundo Lineu, até o fim da década de 1960, o mundo não conhecia a palavra “raridade energética”, havia oferta de recursos energéticos em abundância, e a demanda crescente criava grandes economias de escala que faziam com que preços baixos pudessem ser praticados.

Chegando aos dias mais atuais, no ano de 2003, quando a população mundial era de 6,27 bilhões de habitantes, o consumo médio total de energia era de 1,69 tonelada equivalentes de petróleo per capitã segundo Goldemberg e Lucon 2007. Uma tonelada de petróleo equivale a 10 milhões de quilocalorias (kcal), e o consumo diário médio de energia é de 46.300 kcal por pessoa. Como comparação, vale a pena mencionar que 2.000 kcal é a energia que obtemos dos alimentos e que permite que nos mantenhamos vivos e funcionando plenamente. O restante é usado em transporte, gastos residenciais e industriais e perdas nos processos de transformação energética.

Os padrões atuais de produção e consumo de energia são baseados nas fontes fósseis, o que gera emissões de poluentes locais, gases de efeito estufa e põem em risco o suprimento de longo prazo no planeta. (Goldemberg e Lucon 2007). Os resíduos gasosos resultantes da queima do petróleo são muito complexos e variados, além dos compostos de nitrogênio e enxofre, a queima de gasolina é particularmente nociva pela quantidade de monóxido de carbono que produz. A concentração excessiva de veículos nos centros das grandes cidades representa um grande problema ambiental na atualidade.

É preciso mudar esses padrões estimulando as energias renováveis, e, nesse sentido, o Brasil apresenta uma condição bastante favorável em relação ao resto do mundo. É um país grande, repleto de recursos naturais, porém tudo no planeta está conectado e na natureza não existem fronteiras nem países, por isso, todo o planeta deveria estar se preocupando cada vez mais em controlar o consumo de energia. Porém, como será possível freiar a economia mundial em prol do meio ambiente?

Cláudia Renata Panizzi Queiroz

Baseado nos seguintes textos:

Goldemberg & Lucon 2007

Lineu, p.16-23

Atlas, Cap. 01

12 comments:

Lorena Cristine said...

No meu entendimento a Claudia Renata elaborou um resumo com bastante propriedade, conseguindo alcançar os principais tópicos definidos pelos autores.
Gostaria de acrescentar, entretanto, o meu constrangimento em saber que grande parcela populacional mundial não têm acesso a fontes de energia necessárias, muitas vezes, à própria sobrevivência. Além disso, deixar de ignorar, através do texto do Lineu, que cerca de 60% da energia primária é desperdiçada devido a problemas físicos, de equipamentos e...do nosso próprio mau uso. Ao mesmo tempo, fico grata em saber que muitas empresas brasileiras, inclusive o Banco do Brasil,local onde trabalho, estão preocupadas em elaborar um inventário das principais fontes que estão contribuindo direta ou indiretamente com os gases de efeito estufa. Este trabalho faz parte do Programa Brasileiro GHG Protocol com o objetivo de calcular estas fontes, através de metodologia própria com a intenção de reduzir a utilização dessas fontes como: ar condicionado, utilização de frota,viagens rodoviárias e aeroviárias, deslocamento de funcionários, eletricidade adquirida, transporte de valores e malotes, etc. Várias empresas como IBM,Bradesco, Banco do Brasil,Siderúrgicas e Empresas Públicas estarão reunidas na semana que vem em São Paulo para conhecer esta metodologia e iniciar seu processo de coleta de dados.

Helsio Azevedo said...

Ao meu ver a Claudia mostrou o panorama mundial de consumo de energia pelos homens desde as suas origens até aos dias de hoje. Este elemento de vital importância para as necessidades básicas das populações e para o crescimento econômico de muitos países tem vindo a ser base de discussões fortes pelas grandes potencias devido às formas de transformação de recursos naturais (florestas, por exemplo) em energia. De acordo com o MMA (1998), cerca de 20% dos países mundiais detinham o consumo de 60% da energia gerada na terra; este fato mostra que a distribuição do consumo é desigual e pode continuar a gerar problemas ambientais decorrentes do consumo de energia, pois muitos países em desenvolvimento ainda mantêm hábitos “primitivos” de obtenção de energia a partir recursos naturais, como a lenha. Os custos de obtenção mostram-se mais “baratos” em relação há obtenção de outros tipos de fontes de energia, porém o mais barato cria muitos impactos ao meio ambiente. Para obtenção de energia moderna, como painéis solares, com menor impacto na natureza continuam com custos elevados para os mais desfavorecidos economicamente. Caminhamos assim para um futuro, onde cada vez mais o homem vai precisar de energia para satisfazer as suas necessidades e a natureza terá maiores dificuldades para responder a essa demanda crescente por fontes de energias. Acredito que num futuro próximo a natureza irá moldar as necessidades do homem, visto que, actualmente o homem ignora as limitações desta na satisfação de suas necessidades. O homem sentirá necessidade de reduzir o seu índice de consumo para poder garantir a vida das futuras gerações.

Wanda Isabel Melo said...

Além de ressaltar a explosão da demanda energética ocorrida a partir da revolução industrial, os textos apresentam a correlação estabelecida entre os padrões energéticos, os padrões de consumo e a utilização dos recursos naturais existente entre as sociedades industrializadas e em desenvolvimento.

Ao abordar o contexto histórico dessa questão, os autores evidenciaram as políticas econômicas, sociais e ambientais adotadas pelos países nesse período de industrialização e desenvolvimento em relação ao setor energético e o comportamento dessas sociedades frente às inovações tecnológicas vivenciadas, principalmente, nos últimos 30 anos.

Uma constatação interessante se relaciona à total predominância do uso de fontes não-renováveis na geração de energia pela maioria das economias mundiais, com destaque para o petróleo, sendo que no Brasil a participação das fontes renováveis na matriz energética é significativa, em torno de 41,3% segundo Goldemberg, o que o diferencia da média mundial nesse quesito.

Os dados correspondentes ao consumo de energia per capita são muito interessantes e reforçam o desequilíbrio existente entre as nações industrializadas e aquelas que se encontram em desenvolvimento, correspondendo a um número elevado no primeiro grupamento. Esses números induzem a conclusões sintomáticas no sentido de que os países industrializados estão utilizando, com maior intensidade, os recursos naturais na geração de energia. Deveríamos, então, considerar e impor nas negociações globais de enfrentamento às mudanças climáticas as responsabilidades comuns, mas diferenciadas, preconizadas pela Conferência do Rio?

Claudia Franco said...

INICIALMENTE É PRECISO TER CLAREZA DE QUE O AUMENTO DO CONSUMO DA ENERGIA, PRINCIPALMENTE A NÃO-RENOVÁVEL, REFERE-SE À EVOLUÇÃO TECNOLÓGICA DA SOCIEDADE MODERNA E NÃO DA 'ESPÉCIE' HUMANA, POIS HÁ DIVERGÊNCIAS CIENTÍFICAS QUANTO AO TERMO EM QUESTÃO. QUANTO A COMPARAÇÃO COM OS FATOS OCORRIDOS NA ERA PRIMITIVA COM A CONTEMPORANEIDADE, CONSTATA-SE NO PRÓPRIO TEXTO QUE OS FINS DE AMBOS SÃO DIVERGENTES, OU SEJA, NO PRIMEIRO MOMENTO A ENERGIA ERA PRODUZIDA COM O PROPÓSITO DE BENEFICIAR MOMENTANEAMENTE OS INDIVÍDUOS E/OU A SUA COLETIVIDADE (EX.: AQUECIMENTO NO INVERNO; COZIMENTO DE ALIMENTOS, ETC.), ENQUANTO QUE NO PERÍODO SUBSEQUENTE À REVOLUÇÃO INDUSTRIAL, AS INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS SÃO AQUELAS QUE CADA VEZ MAIS DEMANDAM O CONSUMO ENERGÉTICO EXACERBADO. CONSIDERANDO OS PROPÓSITOS ACIMA, BEM COMO AS ÉPOCAS E AS DEMANDAS DISTINTAS, PODE-SE CONCLUIR: I) QUE O CONSUMO ENERGÉTICO DA ERA PRIMITIVA ATRELAVA-SE ÀS ATIVIDADES EXTRATIVISTAS, AS QUAIS ERAM IMPRESCINDÍVEIS À SUBSISTÊNCIA DE DETERMINADAS POPULAÇÕES E ERA SUSTENTÁVEL; II) QUE O CONSUMO ENERGÉTICO OBSERVADO A PARTIR DA SOCIEDADE MODERNA FOI IMPULSIONADO POR UM MERCADO CRESCENTE DE INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS, MUITAS DAS QUAIS SÓ OPERAM COM ENERGIAS NÃO-RENOVÁVEIS. DESTAS, RARÍSSIMAS SÃO IMPRESCINDÍVEIS À SOBREVIVÊNCIA HUMANA, TAL COMO NO INÍCIO DOS TEMPOS, E AS DEMAIS CONFIGURAM-SE COMO ARTIGOS SUPÉFLUOS E FINITOS.
TENDO EM VISTA AS CITAÇÕES DO AUTOR, UM LEITOR DESAVISADO PODE CONCLUIR QUE O ALTO CONSUMO ENERGÉTICO DA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA FOI MOTIVADO PELA DESCOBERTA DO FOGO..........ANTES FOSSE, ASSIM AO MENOS SE RECONHECERIA A IMPORTÂNCIA DO AMANHÃ.

itacir said...

Cláudia destaca os aspectos mais significativos do texto do Lineu sobre a evolução do ser humano e a manipulação da energia em cada período da história. O enfoque do texto é mais descritivo e pouco crítico sobre as possíveis conseqüências da forma de exploração da energia em cada contexto histórico. Sempre que se descobre uma nova fonte de energia se mergulha nas infinitas possibilidades de exploração sem prever as conseqüências futuras.
O texto do Atlas faz uma demonstração global da exploração das energias nos diversos países com um olhar atento sobre as possíveis conseqüências em caso de mantermos o mesmo ritmo de desenvolvimento. Com o aumento do consumo de energia os sinais de degradação ambiental se tornam mais visíveis e as conseqüências atingem dimensões globais.
Os textos nos mostram que precisamos ter uma visão global dos problemas ambientais ligados ao consumo de energia. Todos temos o direito de consumir energia, porém todos somos responsáveis pelas conseqüências.
A ciência e a comunicação evoluíram a ponto de apresentar diagnósticos precisos sobre os efeitos da exploração de cada energia manipulada pelo ser humano. Temos condições de desenvolver fontes mais limpas de energia e preservarmos a qualidade de vida dos seres vivos do planeta.

maria da Glória said...

Os três textos são muito bons ao abordarem questões históricas da evolução do consumo enegético mundial, apontando as principais necessidades e causas que levaram o mundo a escolher determinadas fontes energéticas ao longo dos séculos, e a necessidade da escolha de fontes renováveis de energia no século atual. É interessante ressaltar também a importância das questões econômicas e políticas na escolha de determinadas fontes de energia ao longo dos anos. Contudo, eu quero me ater ao texto de Goldemberg & Lucon, específicamente quando eles citam que a vocação do Brasil está nas hidrelétricas. Os autores escrevem que o país está na contramão da história ao não investir no uso da água para a produção de energia elétrica. Citam o complexo de usinas do Rio Madeira e a usina de Belo Monte, bem como os conflitos ali gerados por causa dos vários interesses existentes. Dessa forma, apesar dos autores citarem os conflitos causados por interesses diversos, os mesmos tratam esse assunto de uma forma muito superficial , como se fosse possível resolver tais conflitos por meio de soluções simples e rápidas.

Marta Eliza de Oliveira said...

Complementando o texto inicial, ressalto que o padrão de produção e consumo de energia é baseado no modelo de desenvolvimento econômico estabelecido para o país, principalmente no perfil industrial definido, o qual impacta a quantidade e o tipo de energia necessária.

O perfil industrial atual no Brasil demanda intensivo uso de energia, baseado na produção de papel, celulose, ferro, aço e alumínio.

Considerando que a produção de energia no país é proveniente principalmente de fontes fósseis, é necessário continuar estimulando a utilização de energias renováveis.

Destaco ainda as recomendações efetuadas por Goldemberg e Lucon, acerca da produção e consumo de energia:

- Exploração de usinas hidrelétricas – há grandes potenciais ainda não explorados (Ex: usinas no Rio Madeira e em Belo Monte), porém são motivos de grandes conflitos devido aos impactos ambientais apontados nos processos de licenciamentos pelos órgãos ambientais. Esses impactos podem ser minimizados pela adequação dos estudos de impactos ambientais, compensações ambientais e o reassentamento das populações atingidas.

- Uso de tecnologias modernas – implementação de ações economicamente atrativas como tecnologias mais eficientes em refrigeradores, aparelhos de ar condicionado, motores e lâmpadas.

- Implementação de políticas que promovam a conservação da energia e racionalização do seu uso – o Brasil possui hoje dois programas: o Programa Nacional de Conservação de energia elétrica (PROCEL) coordenado pela Eletrobrás, e o Programa Nacional de Racionalização do Uso dos Derivados do Petróleo e do Gás Natural (Conpet) coordenado pela Petrobrás.

- Maior utilização de instrumentos legais já existentes e que poderiam promover tecnologias mais eficientes - a) Lei 9.991/2000 que estabelece que as concessionárias e permissionárias de energia elétrica são obrigadas a aplicar anualmente, no mínimo 0,75% em pesquisa e desenvolvimento do setor elétrico; b) Lei 10.295/2001 que estabelece níveis máximos de consumo específico de energia de máquinas e aparelhos consumidores de energia fabricados ou comercializados no país.

- Uso da biomassa – benefícios: é mais limpa, renovável e gera empregos; tem competitividade comercial com o petróleo.

Claudia Franco said...

Em tempo: Vale ressaltar que nos casos de exploração de usinas hidrelétricas, apesar dos especialistas destacarem o potencial hídrico do Brasil, os conflitos advindos da especulação desses empreendimentos são de uma grandeza impossível de ser imaginada por pensamentos cartesianos. No caso das usinas de Santo Antônio- Jirau/RO, e Belo Monte, Altamira/PA, os impactos provocados são irreversíveis e nem mesmo um programa de compensação ambiental seria capaz de minimizá-los. A exemplo das dezenas de populações indígenas que habitam esses territórios, sugerir seu reassentamento, entre outros, caracteriza uma afronta aos direitos humanos (além de inconstitucional, pois fere o art. 231,entre outros).
Compensação é uma ação voltada para os impactos existentes e irrecuperáveis, enquanto que a mitigação comumente é utilizada para camuflar ações predatórias contra o meio ambiente e o Homem. Porque mitigar se podemos evitar?

Patrícia said...

Energia e Meio Ambiente no Brasil de Goldemberg e Lucon

Os autores relatam no artigo pontos de suma importância para a disciplina que estamos cursando. A partir da leitura foi possível destacar alguns desses pontos, os quais mais me chamaram atenção sobre a questão energética do país.
A produção e o consumo de energia são ambientalmente impactantes e os padrões de consumo precisam ser melhorados, estimulando o uso mais eficiente de energia e transição de fontes de energia fósseis para energias renováveis. Caminho contrário está tomando o nosso país, ao passo que em busca de um desenvolvimento a qualquer custo, está aos poucos, substituindo o modelo energético limpo e renovável pelas termelétricas, mais nocivas ao meio ambiente e de custos bem mais elevados.
Comparando-se com os países desenvolvidos o Brasil encontra-se, ainda, em uma posição confortável, graças à hidroeletricidade, ao álcool e ao baixo consumo de energia.
A busca pela auto-suficiência em petróleo é discutível ao passo que os custos são altos, o que consume grande parte da renda do país.
Contudo, pode-se dizer que toda forma de geração de energia elétrica geram seus respectivos impactos ao meio ambiente. A decisão sobre seja qual a melhor escolha, demanda uma análise criteriosa baseada em aspectos técnicos e políticos.

gmson said...

O resumo realizado pela colega Cláudia Renata, baseado no texto do Lineu, deixa claro que o crescente índice de consumo desde os primórdios com a simples utilização da lenha, até a necessidade atual de criação das mais diversas alternativas energéticas, é decorrente, da adoção e quisição de produtos e tecnologias que se levado em consideração as condições básicas de sobrevivência e, principalmente, a limitação dos recursos naturais utizados, estes não precisariam existir.

Estamos diante de um cenário preocupante com relação à sustentabilidade dos recursos necessários para produção dos bens básicos para a sobrevivência, portanto, o setores públicos e privados devem repensar quais critérios e metodologias devem ser adotadas para a criação de fontes sustentáveis de energias, além das existentes, e sobretudo, a interrupção de criação de bens que vão além das necessiadades básicas de consumo.

karina said...

Energia e Meio Ambiente no Brasil -
Goldemberg e Lucon

De acordo com a evolução da sociedade, a demanda por energia aumentou.
Com a mudança dos padrões de consumo, a utilização de fontes fósseis também foi cadea vez mais requerida, e como consequência desse modelo, aumentou-se também os impactos ao meio ambiente, principalmente no qu concerne à qualidade do ar - efeito estufa.O Brasil, possui condição favorável para utilização de fontes renováveis de energia quando comparado com o resto do mundo.Com todo o potencial, ainda é pouca a utilização de fontes modernas de energia renovável, apesar de algumas iniciativas, como foi o Proinfa, por exemplo.
Outro fator importante observado, é que a necessidade de mudança nos padrões de consumo brasileiro, não é só de caráter ambiental, mas muito de caráter econômico, devido às escolhas que o país fez em relação ao uso de fontes energéticas.
O petróleo produzido no Brasil é de baixa qualidade, sendo que o preço do barril nacional para exportação é menor que o preço do barril que o país importa, não tendo assim lucro com a prática.
Há que se considerar que investimentos em fontes renováveis de energia trarão maiores retornos , tanto econômicos quanto ambientais.
Com abundância de recursos hídricos, a matriz energética do Brasil pode ser sustentada por fontes limpas e renováveis.
O que se espera é que as escolhas para produção de energia, sejam escolhas que comtemplem não só a economia como também o meio ambiente.

Adriano Marcos Fuzaro said...

ADRIANO MARCOS FUZARO
ANALISE DO ARTIGO: ENERGIA E MEIO AMBIENTE NO BRASIL
AUTORES: JOSÉ GOLDEMBERG e OSWALDO LUCON
Introdução: energias renováveis e sustentabilidade
Autores:

Neste artigo podemos identificar as mutações que ocorrerm ao longo dos anos em relação a disponibilidade e uso dos recursos que geraqm energia, e principalmente o custo que tal disponibilidade e utilização traz.
Em sociedades primitivas, a energia era abundante e com custo zero, pois a energia era utilizada através de recuros primário como lenha para cozinhar, vento e cursos d´água eram também utilizados para gerar energia.
Com o passar dos anos o consumo de energia aumenta consideralvelmente, devido as novas necessidades que a sociedade controem buscam através da apropriação e não da produção e do desenvolvimento sustentável, tanto que os padrões atuais de produção e consumo de energia são baseados nas fontes fósseis que são fontes que se esgotam não sendo renováveis, sendo necessário uma nova postura da sociedade em relação a utilização das reservas fósseis para gerar energia.
Analisando o histórico no Brasil em relação ao uso de energia, varios fatores devem ser considerados e analisados como alteração no PIB, milagre econômico, abertura das fronteiras internacionais, introdução do real, pois causa o aumento do consumo, e consequentemente a alta da moeda (Real) em relação ao Dolar.
E autor em seu artigo cita " O modelo tradicional estabelecido de 1940 a 1960 colocou nas mãos dos governos federal e estaduais empresas estatais responsáveis pela grande parte da produção e distribuição de eletricidade, petróleo e gás. Petrobras, Eletrobrás e inúmeras empresas estaduais foram criadas para tal fim, incluindo o planejamento energético". Sendo que este processo teve sucesso até meados de 1980, proporcionando custos baixos em tal consumo, porém para o setor de distribuição de energia proprocionou um desgaste com tais custos baixos o retorno fio baixo.
Assim podemos analisar a captação de petróleo, pois o Brasil se tornando auto-suficiente e setor energico tende a ter menos custos com a importação devido a grande produção interna de petroleo. Mas é preciso entender que tal fator não ocorre em curto prazo;
Devido a isso, por esse simples exemplo citado, podemos dizer que o futuro em relação ao uso de energia depende do crescimento, desenvolvimento econômico, desejos da população, necessidades etc, e finalmente dependem também da postura da gestão dos governos.