Energia PGA é um forum de discussão entre os alunos cursando a disciplina de Energia da Universidade Católica de Brasília, no Programa de Pós-graduação em Planejamento e Gestão Ambiental. Iremos postar aqui assuntos diversos e ligados a fontes, usos e demanda de energia.
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Produção de energia é um processo irreversível na caminhada da humanidade rumo ao futuro, pois para desenvolver necessitamos de energia e mais energia. Por este motivo esta processo só tende a aumentar e neste contexto o biocombustível é peça chave, principalmente no Brasil assim como a energia nuclear tem importância estratégica para a Alemanha, França, etc.
Este caminho que estamos trilhando outros países já trilharam com outras modalidades de energia, é um caminho sem volta. O que pode ser feito é mitigar os impactos deste avanço, através de um zoneamento ecológico-econômico, mas não um tentativa de zoneamento que se esta fazendo em Rio Verde e Mineiros em Goiás, proibindo o plantio de cana além de determinada porcentagem do município. Segundo Suani Teixeira Coelho a expansão da cana esta ocorrendo em terras de pastagens, no entanto o numero de cabeças de gado nestas regiões aumentou o que indica um numero maior de cabeça de gado por hectare. Segundo ela em São Paulo onde esta a maior produção de etanol do país a densidade de de gado/hectare aumentou de 1,28 em 2000 para 1,41 em 2005. Devemos ter cuidado de falar em aumento de etanol e diminuição de alimentos, pois segundo a FAO hoje é produzido 30% a mais de alimento do que a população mundial consome. O que esta ocorrendo então é falta de renda mesmo para adquirir alimento, pois quem não tem R$ 1,00 para comprar comida não adianta nos lhe ofertar comida, ele continua sem poder comprar. No entanto se tivermos um mercado para os biocombustiveis podemos incluir uma parcela significativa de brasileiros na vida normal (possuidores de renda), que no Brasil é estimado em 40 milhões de pessoas.
Outro problema é a legislação única que regula os biocombustíveis no pais, com regiões tão heterogêneas, devemos ter legislação especifica para cada região. Em fim esta é uma realidade que veio para ficar, o que podemos e devemos fazer é utilizar mecanismos para minimizar seu efeitos nocivos que com certeza existem e não são poucos. Mas enquanto nas academias se discutem se o biocombustivel é nocivo ao meio ambiente, lá fora existe milhões de pessoas sem ter o que comer e que poderiam serem incluidas para poderem ter um mínimo de dignidade. Existe trabalho escravo, sim, mas para isso devemos simplesmente aplicar a lei que ai esta para isso.
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