A fonte primária de energia do planeta é o Sol, outras fontes energéticas utilizada pelo homem são indiretamente provenientes da energia solar (ANEEL 2005). Somente para citar alguns exemplos de fontes de energia elétrica mais utilizadas no Brasil, a energia hidroelétrica é proveniente da força potencial da coluna d’água que adquire esse potencial após perder parte da energia que a fez evaporar, energia solar claro, e cai em forma de chuva em um local mais alto mantendo energia potencial suficiente para gerar energia elétrica. Outro exemplo importante é o carvão natural e petróleo ambos provenientes da fossilização de matéria orgânica, geralmente vegetal. A fotossíntese utiliza energia solar, gás carbônico e água para a produção de carboidratos que por sua vez são materia prima para várias outras biomoléculas, todas passíveis de fossilização em condições adequadas. Esses são poucos exemplos de como a energia solar já é utilizada mesmo que indiretamente pela população humana.
A energia proveniente do Sol pode também ser utilizada diretamente para aquecer água, produzir energia elétrica, etc. No mundo os avanços na utilização da energia solar para a produção de energia elétrica tem avançado enormemente, exemplo disso são as várias competições entre universidades, principalmente na corrida de veículos solares.
A utilização de energia solar é dependente de algumas variáveis como a estação do ano, nebulosidade e inclinação do planeta em relação ao eixo imaginário de rotação do planeta. Os locais próximos dos pólos são os menos indicados já que durnate boa parte do ano recebem pouca insolação, inverno. Os locais mais adequado são os próximos ao equador que possuem grande insolação, porém a nebulosidade pode ser um problema, por exemplo a amazônia que apesar de estar na linha central do planeta, por sua vegetação, possui grande quantidade de vapor de água na atmosfera que causa nebulosidade alta. Comparativamente o deserto do Saara com a mesma latitute porém sem vegetação exuberante possui um grau de insolação muito alto.
No Brasil a disponibilidade solar é muito grande na maior parte do ano, mesmo nos estados do Sul, mais frios e nos estados no norte, com grande grau de insolação a média de insolação diária é de três horas, em outros locais pode chegar a 9 horas diárias (ANEEL 2005) porém o grau de conversão para energia elétrica é baixa (Fernandes et al 2010).
O Brasil tem investido na utilização de seu potencial solar com vários projetos, inclusive com parcerias com outros países com a Alemanha. Esses projetos prevêem desde utilizações simples com aquecimento de ambientes e de água e iluminação natural até objetivos mais complexos como a conversão direta em energia elétrica. Contudo ao analisar o documento Matriz energética Nacional 2030 (2007) cujo responsável legal é o Ministério de Minas e Energia e tem como objetivo ser um instrumento privilegiado para se simular diferentes cenários de mercado e avaliar seus efeitos: gargalos de infra-estrutura, vulnerabilidades sistêmicas, riscos ambientais, oportunidades de negócios, impactos de políticas públicas etc, trás a seguinte informação:
Como pode ser visto a produção de energia previsto para 2030, última coluna, é mais de três vezes a de 1990 e que a previsão para utilizar a energia solar para suprir essa demanda seria cinquenta vezes maior. Contudo fazendo uma avaliação mais atenciosa vemos que em comparação com 1990 o uso da energia térmica (carvão, gás natural, Biomassa) será mais de três vezes maior. Isso mostra que até 2030 o uso de tecnologias antigas e poluentes ainda será favorecida em detrimento ao avanço de novas tecnologias mais limpas.
A utilização de novas tecnologia devem ser incentivadas, mesmo que atualmente sejam caras e de difícil implementação, o avanço tecnológico permite que se tornem baratas e de fácil acesso. O governo brasileiro deveria se concentrar no desenvolvimento de tecnologias de base que permitam o avanço de tecnologias aplicadas.
Bibliografia:
ANEEL-Agencia Nacional de Energia Elétrica, 2005. Atlas de energia elétrica do Brasil. 2. ed - Brasília: 243p.
Brasil. Ministério de Minas e Energia, 2007. Matriz Energética Nacional 2030 / Ministério de minas e Energia; colaboração Empresa de Pesquisa Energética. Brasília : MME: EPE, 2007. 254p.
Fernandes, C.A.O. e Guaronghi V.M. maio de 2010. http://www.fem.unicamp.br/~em313/paginas/esolar/esolar.html.
7 comments:
A energia solar é realmente uma das energias renováveis mais conhecidas pelas pessoas. Se analisarmos, a energia solar possui os mesmos condicionantes da energia eólica. Fator de capacidade baixo e o custo, porém a energia solar é mais vantajosa por possuir preços mais acessíveis e impactos ambientais menores do que a energia eólica. É claro que a energia solar possui os seus impactos ambientais (substâncias provenientes das placas solares), mas se comparada com as outras energias renováveis é a que menos possui passivos ambientais. Quanto mais discutimos sobre os diferentes tipos de energia renovável, fica cada vez mais evidente que não podemos focar em apenas uma fonte para a nossa futura matriz energética, mas sim num conjunto entre elas.
Aproveitando o que o José Carlos postou, a realidade de cada região (população, localização geográfica, disponibilidade de recursos naturais, capacitação técnica, economia, e etc) irá determinar o tipo de matriz energética a ser adotada.
Uma questão que deve ler levada em consideração quando o assunto é energia solar, é sobre como as mudanças climáticas interferirão nessa fonte de energia. Segundo o IPCC (2007), é “praticamente certos” que os dias e as noites sejam mais quentes, no caso dos dias mais quentes, isso pode significar uma maior incidência de sol sobre a superfície terrestre, o que parece contribuir, a primeira vista, para a proliferação de empreendimento que tenham como foco a geração de energia elétrica por meio do sol. Por outro lado, os dias podem ficar mais quentes, mas isso não significar que fiquem mais ensolarados, pois o regime de chuvas pode ser alterado, o que pode deixar o tempo mais nublado. Ainda sobre as mudanças climáticas e suas possíveis interferências no aproveitamento da energia solar, se os paises tropicais podem se beneficiar ou não dessa fonte de energia em função das mudanças climáticas, os países temperados poderão vir a usufruir mais dessa fonte energética pela maior insolação causada por essas mudanças. Portanto, como podemos observar, as mudanças climáticas podem abri um leque de oportunidade para alguns países, embora saibamos que os possíveis males podem superar em muito os possíveis benefícios.
A energia solar é amplamente utilizada pela população. Utilizamos todos os dias como fonte de calor para nosso corpo. A utilização dela como fonte de energia elétrica deve ser complementar á utilização de outras fontes (geralmente elétrica). Essa utilização complementar já traria grandes benefícios pois desafogaria o sistema hidrelétrico brasileiro, diminuindo os custos com manutenção e a necessidade de ampliação e instalação de novas usinas hidrelétricas. O preço apra instalação de um sistema de aquecimento solar ainda é elevao, porém incentivos fiscais certamente estão por vir, pois uma maior utilização desse sistema permitiria economias significativas em outros sistemas.
A energia solar é uma ótima fonte de energia, pois ela é limpa e seu uso apresenta quase nenhum efeito no meio ambiente. Porém ela é uma energia muito ineficiente, pois muito é gasto para se coleta essa energia.
O investimento em pesquisa e desenvolvimento com certeza será um diferencial para os paises que quiserem baratear seus custos com energia mais limpa. Assim, a busca da sustentabilidade ambiental nos moldes da matriz energética dependem de uma grande força de vontade da política nacional em incentivar e trabalhar em cima de projetos e futuros modelos energéticos mais limpos.
As características da energia solar de intermitência e dispersão devem ser consideradas para o projeto de sistemas confiáveis.
Sistemas híbridos solar-eólico-diesel podem ter espaço no atendimento de energia elétrica para comunidades remotas.
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